Gaspar Nóbrega/VIPCOMM
Reprodução/ESPN
O jogo era contra o Atlético-GO, em 2 de setembro, pela 18ª rodada da competição nacional, e o São Paulo vencia a partida por 2 a 1 aos 32 minutos do segundo tempo. Foi então que Rogério Ceni chamou o meia Cleber Santana, então no São Paulo, e pediu ao jogador que fosse até Baresi e dissesse que deveria entrar em campo. O atual jogador do Flamengo acabou não fazendo o que o goleiro havia pedido, mas foi chamado pelo próprio comandante quando faltavam cinco minutos para o fim da partida.
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Rogério Ceni fala com seus companheiros de São Paulo na vitória sobre o Atlético-GO
"Sinceramente, nem sabia que isso aconteceu. Eu procurei deixar o time mais alto porque eles podiam empatar na bola parada. Se o Rogério teve a mesma visão, parabéns para ele, que teve essa percepção num curto espaço. Achei a atitude positiva, o que mostra que ele está ligado no time e viu o mesmo jogo que eu. Estranho seria ele falar uma mudança que eu achasse que não valeria à pena. Ele é um líder nato e sempre fez isso, mesmo com Muricy e Ricardo Gomes", disse o técnico, à época.
Rogério Ceni, porém, negou ter tido a intenção de assumir o papel de técnico quando tomou a atitude de falar com Cleber Santana e deixou claro que sua intenção foi apenas ‘dar um toque’ nos reservas que estavam aquecendo.
"Quem manda aqui é o treinador. Naquele dia, apenas falei para o Cleber Santana e o Samuel aquecerem, porque eles são altos e logo o Sérgio os chamaria. Como poderia substituir se eu estava no gol? Em nenhum momento substituí o Cleber Santana, apenas tenho 20 anos de São Paulo e vejo o momento do jogo", explicou o goleiro.
O episódio naquela partida, ainda em 2010, repercutiu bastante na mídia por um tempo, mas depois acabou sumindo e só voltou à tona agora, com o novo palpite do goleiro dado ao técnico Ney Franco na partida pelas oitavas de final da Sul-Americana, na última quarta-feira. Rogério Ceni gesticulou e gritou para o treinador colocar Cícero como centroavante no segundo tempo de jogo, mas o comandante achou melhor optar por William José.
O gesto do capitão desagradou Ney Franco, que quis deixar claro quem manda no time ao final da partida. "Não aprovo (os ‘pitacos’ do goleiro). Cada um na sua, cada um fazendo sua função. Se eu achasse que o Cícero deveria entrar eu o colocaria. Então, não aprovo", resumiu o técnico.
Rogério Ceni, por sua vez, não comentou a situação ao sair do campo. O goleiro é considerado um grande líder do time dentro e fora de campo e, recentemente, ganhou elogios de Ney Franco justamente por essas características.
"O Rogério passa uma segurança enorme para quem está dentro de campo e me ajuda demais nos treinos e nas partidas", disse, há quase duas semanas.
O empate sem gols no Morumbi classificou o São Paulo para as quartas de final da Copa Sul-Americana, torneio que vale uma vaga na Libertadores para o campeão. O clube paulista agora espera o vencedor de Universidad de Chile e Emelec jogo que acontece ainda nesta quinta para conhecer seu adversário na próxima fase.
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