terça-feira, 23 de outubro de 2012

É proibido (ab)usar de malícia?

 

 

 

 

 

`Tufão´ apareceu em propaganda (Foto: Reprodução) Murilo Benício aparece para os internautas em vídeo com uma expressão, a priori, indignada. Ele reclama que passou os últimos meses sendo `o último a saber das coisa´, enquanto o Brasil inteiro já sabia. Murilo ali é Tufão, da novela global Avenida Brasil, ainda que não precise se identificar. “Mas agora não tem mais isso, não”. Com o celular na mão, abre um sorriso: “Tou na internet todo dia, toda hora”, diz para a propaganda “Vivo sempre internet”, da operadora telefônica Vivo. Esse comercial foi retirado do ar por decisão liminar emitida pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar). Isso porque a rede Globo ingressou com uma representação contra a propaganda, por não autorizar o uso de suas criações em publicidade de terceiros. A peça não será exibida novamente até que o processo seja julgado, o que deve acontecer até o fim de novembro. O Conar tem tentado combater a publicidade enganosa ou abusiva, que cause constrangimento ao consumidor ou a empresas, bem como visa a liberdade de expressão comercial, sendo acionado por qualquer pessoa. Processos Com a participação da sociedade, o Conar instaurou 325 processos em 2011, que vão contra propagandas com referências negativas ligadas aos temas sustentabilidade, responsabilidade social, direitos autorais. Para o publicitário Paulo Fraga, da Íntegra Comunicação, é uma iniciativa legítima “de uma sociedade que prova ser adulta, participativa e que sabe se posicionar para a publicidade. Ela traz a oportunidade para que se discuta sobre o tema, sem brigar”. Mas em contraposição, Fraga lamenta que os excessos de queixas, podem acaba por endurecer as provocações emocionais das propagandas. “Sinceramente as pessoas estão ficando muito serias, muito chatas. A propaganda é uma `rarefação´ da realidade, não é jornalismo. Sempre haverá texto mau escrito, propagandas pejorativas, como haverá propagandas muito bem construída através de ironia. Retirar o humor, a ironia, o sarcasmo é limitar a atividade”, defende. Na visão do publicitário Renato Ribeiro, “o que se tem visto ultimamente, é uma falta de noção, tanto do lado das “queixas”, quanto do lado da publicidade veiculada. “Hoje, por muito pouco, aciona-se o Conar”, defende. Saiba mais Segundo Conar, outro tema que sensibiliza bastante os consumidores são propagandas que tratam de forma desrespeitosa os animais. O Conar recebeu reclamação de cerca de 140 consumidores, considerando um anúncio constrangedor, de mau gosto e desrespeitoso para com os animais: Um display no hall de entrada de um shopping center, em São Paulo, simula o que seria uma grelha giratória assando o dorso de um cavalo. A peça publicitária promove série a ser exibida pelo canal de TV por assinatura. Fonte: O Povo

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