terça-feira, 23 de outubro de 2012

Pelé chega aos 72 anos com recordes inalcançados e distante das decisões do futebol

 

 

 

 

Pelé ilustra capa do site do Santos no dia de seu aniversário de 72 anos (Foto: Reprodução/Site oficial do Santos) Três títulos de Copa do Mundo, dois Mundiais de Clubes, 1281 gols. Pelé chega aos 72 anos, nesta terça-feira, como o maior nome da história do futebol, como um dos grandes esportistas de todos os tempos, com o status de rei, de lenda, de mito; mas distante das principais decisões sobre os rumos do esporte. Desde que deixou os gramados, Pelé comemora seus aniversários da mesma forma: de modo discreto, longe dos holofotes. Como nunca foi enquanto esteve em campo. Os recordes estabelecidos por ele continuam inalcançados. As três Copas do Mundo conquistadas, por exemplo, não serão alcançadas por nenhum jogador em 2014. Talvez nem mesmo em 2018 ou 2022. É possível que nunca sejam. Os 1281 gols também são uma marca impensável. Para chegar aos mil gols, de acordo com suas próprias contas, Romário precisou jogar até os 41 anos. Pelé alcançou a meta aos 29. A lista de recordes do rei tem feitos que até hoje parecem inimagináveis. Marcar 58 gols em um Campeonato Paulista é um deles. Conquistar uma Copa aos 17 é outro. Pelé com a taça Jules Rimet, conquistada em 1970 (Foto: Divulgação) Tão impressionante que levou o jornalista francês Gabriel Hanot a escrever, ainda durante o Mundial da Suécia, a manchete que coroaria o jovem Edson Arantes do Nascimento: “Surgiu o Rei do futebol”. Passados 55 anos desde àquele verão na Suécia, Pelé continua venerado pelo que fez nos gramados de todo o mundo. Nos primeiros anos após a aposentadoria, ele tentou, em vão, indicar sucessores. Por fim, desistiu após ver meia-dúzia deles não atingirem uma fração de sua fama ou habilidade. Com o passar dos anos, mesmo que Pelé não indicasse mais seus próprios sucessores, houve quem o comparasse a uma série de outros craques surgidos ao redor do planeta. Um deles foi Maradona; depois, em seu auge, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho tiveram seu nome ligado ao do Rei. Nos últimos anos, apareceu Messi. Aos 72 anos, Pelé já parece cansado de falar do assunto. Sempre em terceira pessoa, tendo como porta-voz a figura de Edson, ele coloca a si mesmo acima de todos os demais. E costuma citar os próprios recordes para corroborar uma visão de que poucos no Brasil costumam discordar. Nos últimos anos, contudo, o maior artilheiro da história do Santos e da seleção brasileira distanciou-se das decisões envolvendo o esporte que ajudou a popularizar em todo o mundo. O rei do futebol chega aos 72 anos sem nunca ter sido técnico ou presidente de clube. Sem nunca ter sido candidato a um cargo na CBF ou na Fifa. A maior e mais duradoura experiência de Pelé em uma posição de comando foi o período como ministro extraordinário do Esporte, entre 1995 e 1998, no Governo Fernando Henrique Cardoso. Atualmente, Pelé exerce a função de embaixador da Copa do Mundo de 2014. Um cargo que exige prestígio e credibilidade, mas com pouco poder de decisão. Pelé chega aos 72 anos com seus recordes ainda no topo e sua realeza inquestionável. Ainda que – por suas próprias escolhas – seja um rei que reina, mas não governa. Fonte: ESPN

Nenhum comentário: