
Dirceu, Genoíno e Delúbio: Crime de corrupção ativa no processo do
mensalão. (Foto: Divulgação)
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) concluem nesta
quarta-feira o julgamento da cúpula do PT no caso do mensalão. Até o
momento, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi condenado por seis
ministros e absolvido por dois, o que já configura maioria na Suprema
Corte.
Apenas os ministros Celso de Mello e Ayres Britto ainda não votaram
sobre o caso. Mello não compareceu à sessão, alegando motivos pessoais.
Em tese, os ministros podem mudar o voto até que a análise do item seja
concluída, mas uma alteração nesta etapa seria excepcional.
Dos oito ministros que já se pronunciaram, apenas o revisor Ricardo
Lewandowski e o ministro Antonio Dias Toffoli absolveram Dirceu.
"Dirceu realmente teve uma participação acentuada, a meu ver, neste
escabroso episódio. Eu peço vênia ao ministro revisor e a Dias Toffoli
para acompanhar o relator", disse o ministro Marco Aurélio Mello, ao ler
seu voto sobre o caso do ex-ministro.
A maioria do STF também condenou por corrupção ativa o ex-presidente do
PT José Genoino e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares. Genoino foi
absolvido apenas por Lewandowski, enquanto todos os oito ministros que
se pronunciaram até o momento pediram a condenação de Deúbio.
Os oito ministros da Corte ainda consideraram culpados por corrupção
ativa o publicitário Marcos Valério, seus sócios, Ramon Hollerbach e
Cristiano Paz, e a ex-diretora da SMP&B Simone Vasconcelos.
A maioria também absolveu o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto e
a ex-funcionária da SMP&B, agência de Valério, Geiza Dias, por
considerarem que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não produziu
provas suficientes para incriminá-los. Apenas o ministro Marco Aurélio
Mello votou pela condenação de Geiza.
Nesta quarta-feira, também será escolhido o próximo presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), em votação secreta realizada no
plenário. O escolhido substituirá o ministro Ayres Britto, que se
aposenta compulsoriamente do STF na primeira quinzena de novembro, ao
completar 70 anos.
Fonte: Último Segundo - iG
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