Atualizado em
26/11/2012 16h12
Agente e outras três testemunhas foram intimados para depôr sobre morte.
Cachorro foi morto com dois tiros no sábado (24) no bairro São Bernardo.
Cachorro é morto com tiros em Campinas, SP
(Foto: Reprodução / EPTV)
A Polícia Civil intimou nesta segunda-feira (26) para prestar depoimento o escrivão da Polícia Federal suspeito de matar um cachorro a tiros no sábado (24) no bairro São Bernardo, em Campinas (SP).(Foto: Reprodução / EPTV)
Além dele, outras três testemunhas foram chamadas para prestar esclarecimentos, segundo o delegado da Delegacia de Proteção aos Animais, Antônio Erivelton Piva Júnior, responsável pelo inquérito.
O delegado afirma que a arma será encaminhada para perícia no Instituto de Criminalística (IC). "A arma vai ser apreendida na quarta-feira, que é quando o depoimento está marcado", afirma Piva Júnior. Com a conclusão do inquérito, o agente pode ser indiciado por maus tratos aos animais, crime cuja pena vai de 3 meses a 1 ano.
O delegado da PF em Campinas, Hermógenes de Freitas Leitão Neto afirmou que ele não foi afastado de suas funções. "Nós ainda não fomos notificados, isso deve acontecer amanhã [terça-feira]", afirmou o delegado.
Segundo ele, só após a notificação deve ser aberta uma sindicândia para apurar o caso. "Teremos que analisar o grau de culpa, caso ele seja mesmo responsável, para saber a punição para tal conduta", informou o delegado da PF.
Omissão
O inquérito também investigará a omissão do dono do cão, de acordo com o delegado. "A pergunta é por que ele [o cachorro] estava na rua. Pode ter havido omissão de cuidados do proprietário", informa Piva Júnior. Segundo ele, o proprietário do cachorro ainda não foi encontrado.
Para Flávio Lamas, presidente do Conselho Municipal de Defesa e Proteção dos Animais, é preciso ter posse responsável dos animais de estimação. "As pessoas pegam os animais e quando não querem mais, eles soltam. É preciso ter posse responsável", afirma. Segundo ele, uma forma que coibir esse tipo de maus tratos é promover uma campanha de castração gratuita dos animais nos bairros com população de baixo poder aquisitivo. "Um animal tem cria, o pessoal dá uns filhotes pra amigos e outros são jogados na rua. Isso que não pode acontecer", afirma Lamas.
Em um período de cinco anos, um casal de cães e seus descendentes podem gerar cerca de 500 filhotes, segundo o presidente do conselho. Lamas afirma que a campanha reduziria o número de "filhotes indesejados" nas ruas. "Campinas precisa começar com pelo menos 60 mil castrações. É também um problema de saúde pública, por conta de doenças como a leishmaniose".
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