quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Homem confessa ter matado 5 mulheres por problemas de ereção










O auxiliar de limpeza foi preso pela morte de cinco mulheres na zona leste (Foto: Divulgação)
A Polícia Civil de São Paulo revelou, nesta quarta-feira, detalhes sobre a série de crimes cometidos pelo auxiliar de limpeza Eduardo Sebastião do Patrocínio, 42 anos, acusado de matar cinco mulheres entre 2010 e janeiro de 2013. Segundo o delegado Itagiba Franco da divisão de homicídios do Departamento de Homicídios e de Proteção à pessoa (DHPP), o suspeito cometeu os crimes após sair com as mulheres e apresentar disfunção erétil. De acordo com o Itagiba, os crimes começaram a serem solucionado a partir de uma pista deixada pelo suspeito em um assassinato que aconteceu no dia 12 de janeiro de 2013.
 
Após encontrar o corpo de Senira Leite de Oliveira, dentro de uma mala, na rua Alarico Cavalcanti Nunes,  no Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo, os policias atentaram pelo fato de a mala conter as informações da companhia aérea. Com essa informação, a polícia entrou em contato com a empresa que, por meio do código impresso na mala, identificou o passageiro.
 
Com essa informação em mãos, policiais da segunda delegacia de homicídios do DHPP foram até o apartamento da antiga proprietária da mala, na Barra Funda, na zona oeste da capital paulista. Chegando lá, a mulher informou que havia se livrado da mala, jogando-a no lixo do condomínio. A partir de então, os policiais passaram a investigar os funcionários do próprio prédio.
 
Assassino confesso
Levantando o perfil dos funcionários do condomínio, os policias chegaram até o auxiliar de limpeza, que morava na região onde o crime foi cometido.  Ao chegar na casa do suspeito, familiares de Eduardo ajudaram a polícia a chegar até o criminoso.
 
Questionado sobre o dia do crime, ele acabou confessando que matou a mulher e colocou o corpo dentro de uma mala. “Ele é uma pessoa simples, mas é muito educado. Ele confessou logo que tinha matado a Senira. Levantamos que tinha outro crime semelhante na mesma área e ele acabou confessando também. Quando terminei o interrogatório, ele chamou o investigador e disse: ‘tenho mais dois’. Aí ele confessou mais dois crimes, depois confessou o quinto’, disse o delegado .
 
De acordo com o delegado, todas as vítimas foram estranguladas pelo suspeito na casa dele. “Ele convidava essas moças para ir até a casa dele. Lá, ele não conseguia ter a ereção e, possuído por intensa raiva, cometia os crimes”. Segundo a polícia, as vítimas eram escolhidas por serem garotas de programa ou usuárias de drogas, mas essa versão ainda não foi confirmada já que nem todas as mulheres mortas foram identificadas.
 
Crimes em série
O primeiro crime cometido pelo auxiliar de limpeza foi no dia 4 de dezembro de 2010. Ele teria matado uma mulher desconhecida e jogado o seu corpo na rua Monte Camberela, no Itaim Paulista. Em maio de 2012, ele confessou ter matado outra mulher, ainda não identificada, e jogado o corpo na esquina das ruas Matias João da Costa e Curicharas.
 
Dois meses depois, Eduardo Sebastião matou outra mulher e jogou o corpo, dessa vez enrolado em um tapete, na mesma Matias João da Costa. Em novembro do ano passado, ele matou, segundo ele, sua quarta vítima. Naiara Ribeiro de Sá foi encontrada morta, dentro de uma mala, na rua Rafael Correia da Silva. Por fim, em janeiro deste ano, ele repetiu o crime ao executar Senira Leite de Oliveira e esconder o seu corpo dentro de outra mala.
 
De acordo com a polícia, o que chamou a atenção dos investigadores é que, conforme os crimes iam ocorrendo, o auxiliar passava a jogar os corpos em ruas cada vez mais próximas da própria casa. “Tenho a impressão de que ele queria confessar o crime. Quando o encontramos, ele não demonstrou nenhum tipo de emoção. Se disse arrependido e confessou os crimes, por livre e espontânea vontade”, disse o delegado.
 
Apesar do assassino ter confessado cinco mortes, a polícia trabalha com a hipótese de haver mais vítimas. Nesta terça-feira, investigadores foram até a casa do auxiliar de limpeza e fizeram uma varredura no quintal em busca de corpos, mas nada foi encontrado.
 
Eduardo Sebastião do Patrocínio continua detido no 77º DP, onde cumpre prisão temporária e aguarda a decisão da justiça. Segundo a polícia, se condenado, ele pode pegar de 6 a 20 anos de prisão.

Fonte: Terra

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