Atualizado em
28/01/2013 20h11
Empresário se apresentou à tarde e foi transferido para penitenciária.
'Prisão foi desnecessária, vou pedir a liberdade', diz defesa.
Empresário Mauro Hoffmann é transferido ao presídio (Foto: Emerson Souza/Agência RBS)
O advogado Mario Cipriani, que representa Mauro Hoffmann, sócio da
boate Kiss que pegou fogo no domingo deixando 231 mortos, afirmou nesta
segunda-feira (28) que o empresário não tinha gerência sobre a boate e
que entrou no negócio apenas com a parte financeira."Ele não participava da administração da Kiss", afirmou. "Não tinha nem conhecimento das atrações artísticas da boate." Segundo o defensor, toda a programação e direção ficava a cargo do outro sócio, Elissandro Spohr, que foi preso nesta manhã em um hospital em Cruz Alta.
"Lamentamos o ocorrido e entendemos a dor das vítimas, mas o pedido de prisão dele (Hoffmann) foi desnecessário. Ele se apresentou espontaneamente, tem residência fixa, família aqui, não tem por que ficar preso. Já pedi à Polícia Civil o relaxamento do pedido de prisão e se eles não aceitarem, farei um pedido de habeas corpus à Justiça, talvez ainda nesta segunda", disse Cipriani.
Mauro Hofmann se apresenta à polícia
(Foto: Emerson Souza/Agência RBS)
Segundo Cipriani, Hoffmann disse em depoimento aos delegados que não
estava na Kiss na hora da tragédia, mas foi à boate logo depois para
prestar auxílio às vítimas.(Foto: Emerson Souza/Agência RBS)
"Ele não tem nenhum relacionamento com a boate, apenas é um investimento. Ele tem outros investimentos no setor artístico, outras casas noturnas na cidade", disse.
O advogado disse ainda que não foi tratado no depoimento se Hoffmann culpou a banda pelo caso. A Polícia Civil informou que a decisão sobre o relaxamento da prisão é do Judiciário.
Incêndio e prisões
O incêndio começou por volta das 2h30 de domingo, durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico.
Quatro foram presos nesta segunda após a tragédia: o dono da boate, Elissandro Calegaro Spohr, o sócio, Mauro Hofffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que fazia um show pirotécnico que teria dado início ao incêndio, segundo informações do delegado Sandro Meinerz, responsável pelo caso.
Por meio dos seus advogados, a boate Kiss se pronunciou sobre a tragédia, classificando como "uma "fatalidade".
A presidente Dilma Rousseff visitou Santa Maria no domingo e decretou luto oficial de três dias.
O comandante do Corpo de Bombeiros da região central do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Moisés da Silva Fuch, disse que o alvará de funcionamento da boate estava vencido desde agosto do ano passado.
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