André Costa
Na
Avenida Virgílio Tavares, bairro Vila Fátima, a ponte caiu e duas
pessoas ficaram levemente feridas (Foto: Chinês/Agência Miséria)
A lenda diz que o inverno tem grandes
possibilidades de ser bom caso chova no dia de São José. Parece que,
dessa vez, a lenda tornou-se realidade, pelo menos nas últimas semanas,
que choveu de forma intensa no Cariri, registrando as maiores chuvas do
Estado e superando sua própria marca histórica.
Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e
Recursos Hídricos (FUNCEME), desde o último dia 19, a média de
pluviosidade na região tem sido de 114 milímetros, quase o dobro da
média dos últimos 30 anos, que é de 67 mm.
Mas a alegria e alivio de ver cair do céu aquela que
será a salvadora para muitos gados que todos os dias morrem de fome e
cede, ou para as plantações que atrofiam em meio a tanto calor, também
gera caos nas cidades que não possuem infraestrutura para receber chuvas
de médio porte, quiçá fortes tempestades como foi o caso dessa
madrugada em Juazeiro do Norte.
Segundo a FUNCEME, a Capital da Fé teve uma
das maiores chuvas do ano, com os marcadores apontando 100 milímetros na
zona urbana e 67 na zona rural. Com isso, diversos bairros ficaram
alagados e alguns deles, a situação foi ainda mais grave, com ruas
interditadas, pontes caídas, buracos nas vias e carros submersos.
Na
Avenida Virgílio Tavares, no bairro Aeroporto, a via ficou alagada
complicando o trânsito local (Foto: Chinês/Agência Miséria)
Na Avenida Virgílio Tavares, bairro Vila Fátima, uma ponte caiu e duas pessoas ficaram levemente feridas, um motoqueiro e um ciclista que passavam pelo local no momento do desabamento, tiveram leves escoriações pelo corpo, sendo socorridos por populares.
Na mesma Avenida, entretanto, no bairro Aeroporto, a
via ficou alagada complicando o trânsito local e causando dificuldades
para aqueles que tentavam trafegar a pé. Situação parecida foi
registrada na Domingos Sávio, bairro Pio XII, onde os alagamentos quase
derrubaram outra ponte, a precariedade fez com que o Gestor Municipal,
Raimundo Macedo, fosse até o local analisar as condições do bairro. Ele
não gravar entrevista.
Na Lagoa Seca, mais precisamente na Avenida Plácido
Aderaldo Castelo, a drenagem que havia sido realizada a poucos dias não
suportou as novas chuvas e deixou a via totalmente inundada. Carros
exposto em uma concessionaria, ficaram submersos com o rápido aumento do
nível da água.
Entulhos e muita lama tomou conta da Avenida José
Bezerra, que teve afundamento de algumas partes do asfalto e diversas
buracos, já existente, foram agravados. A população, ecoa um só grito, e
pede, de uma vez por todas, “melhorias na drenagem da cidade, e reparos
urgentes na malha viária. O poder público não pode continuar nos
enganando com promessas e medidas paliativas, temos direito de viver com
dignidade, pagamos altos imposto para isso”, disse Lúcia Custódio,
moradora que teve parte da sua casa invadida pelas águas.
Crato
Basta o inverno chegar e o “Fantasma do Canal” já
assombra a população Cratense que, com as chuvas de ontem, tiveram mais
motivos para se preocupar. A cidade do Crato registrou a segunda maior
chuva de 2013, com 130 mm, sendo superada apenas por Jardim, que no dia
14 de Janeiro choveu 137 milímetros.
A situação precária de Juazeiro se assemelha com a do
Crato, que teve vários pontos de alagamentos, vias tomadas por entulhos
e alguns bairros deixando os moradores ilhados.
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