domingo, 28 de abril de 2013

Membro da 'Rota 171' preso em SP é transferido para Campina Grande


  Atualizado em 28/04/2013 12h26

Para delegado, suspeito é personagem chave no esquema de fraude.
Outro preso, que está em Betim, MG, deve ser transferido para a Paraíba.

Do G1 PB
Operação Rota 171 também acontece em Campina Grande (Foto: Divulgação/PRF)Ao todo, 11 pessoas foram presas pela 'Rota 171'
(Foto: Divulgação/PRF)
O responsável pela clonagem dos cheques da quadrilha que foi desmontada pela Operação 'Rota 171', que foi preso em São Paulo no dia 25, já está à disposição da Polícia na Paraíba. Ele foi trazido por uma equipe da Polícia Civil paraibana, composta por uma delegada e dois agentes de investigação, num vôo que chegou em Campina Grande à 1h deste domingo (28).
De acordo com o delegado Iasley Lopes Almeida, o preso será ouvido na manhã desta segunda-feira (29). “A equipe que o acompanhou também trouxe muito material que foi apreendido em São Paulo e vamos iniciar o trabalho de análise destes documentos para ver o que pode contribuir com o inquérito”, explicou.
Para o delegado, o preso trazido de São Paulo "tem papel fundamental no funcionamento do esquema fraudulento". “Era ele que controlava a organização criminosa”, observa. Ao chegar em Campina Grande, o suspeito foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML) para ser submetido ao exame de corpo de delito. Depois, foi encaminhado para a Central de Polícia da cidade, onde permanece na carceragem até ser ouvido pelo delegado na segunda-feira. Só a partir deste depoimento, o delegado Iasley Lopes decidirá sobre local onde o preso ficará.

Ao todo, três dos 11 presos suspeitos de comporem a quadrilha estão em Campina Grande, todos eles com mandado de prisão emitido pela Justiça da cidade. Além do suspeito preso em São Paulo, há um que foi preso em João Pessoa e outro na própria cidade de Campina Grande, todos no dia 25, quando a operação foi desencadeada.
O quarto mandado originado de Campina Grande é de um homem que foi preso em Betim, Minas Gerais, e o delegado Iasley Lopes explicou que já solicitou a vinda deste preso para a Paraíba, mas que espera questões burocráticas para que a viagem seja realizada. Ainda há um quinto mandado de prisão expedido pela justiça de Campina Grande que não foi cumprido em São Paulo porque o suspeito está foragido.
Outras quatro pessoas que foram presas na cidade de Bataguaçu, em Mato Grosso do Sul, serão ouvidas através do recurso das cartas precatórias, que já foram encaminhadas na sexta-feira (26) pelo delegado Iasley, com pedido de urgência. O delegado explicou que, através deste recurso, o delegado responsável pela prisão em Mato Grosso do Sul é que ouve o depoimento dos suspeitos, a partir de um roteiro de questões enviadas da Paraíba. O recurso foi necessário porque os mandados de prisão destas quatro pessoas foram emitidos pela justiça de Bataguaçu.
A mesma situação acontece com os dois presos que estão em Pombal, na Paraíba, e um que foi preso em Imperatriz, no Maranhão, que também serão ouvidos sobre o caso através de cartas precatórias. O delegado não soube informar se os suspeitos que foram presos no Maranhão e em Mato Grosso do Sul estão cumprindo prisão preventiva porque, também nestes casos, quem decide é a Justiça das cidades onde eles estão.
Entenda o caso
Policiais rodoviários federais e civis, junto com o Ministério Público da Paraíba realizaram na manhã de quinta-feira (25) uma operação para prender caminhoneiros de vários estados do Brasil suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em clonagens de cheque com sede em São Paulo.
“Esses caminhoneiros recebiam cheques de uma empresa idônea e, em seguida, repassavam para a célula criminosa, localizada em São Paulo, que fazia a clonagem dos cheques em grande quantidade. Então, os caminhoneiros chegavam para abastecer com um cheque clonado no valor de R$ 2 mil, por exemplo, e colocavam apenas R$ 500 de combustíveis. O troco era o lucro da quadrilha, que era repartido com o grupo de criminosos de São Paulo”, explicou Anderson Poddis, assessor da Polícia Rodoviária Federal na Paraíba.
Ainda segundo a PRF, grande parte do grupo é formada por paraibanos. “As investigações apontam que pelo menos 22 pessoas participavam do esquema. Podemos afirmar que se trata de um golpe milionário praticado em diversas partes do Brasil”, disse Poddis.

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