Atualizado em
18/04/2013 11h15
Família disse que as duas eram melhores amigas e que está chocada.
Duas estudantes trocaram socos e pontapés dentro da unidade de ensino.
Vídeo mostra aluna agredindo colega com cadeira
em escola de Paulínia (Foto: Reprodução / EPTV)
A estudante do 2º ano do ensino médio, que se envolveu em uma briga na escola estadual Padre José Narciso Vieira Ehrenberg, em Paulínia (SP), na quarta-feira (17), afirmou ao G1 que até agora não entendeu o motivo das agressões que sofreu da colega dentro da sala de aula.em escola de Paulínia (Foto: Reprodução / EPTV)
Segundo a adolescente de 16 anos, as duas sempre foram melhores amigas. "Nós fomos criadas juntas. Eu estou muito chocada, ela vivia na minha casa, minha família adora ela, tinha ela como filha. Agora ela chega e me agride desse jeito. Não acredito até agora", disse.
A jovem garantiu que não aconteceu nenhuma discussão, briga ou motivo aparente que pudesse causar aquela reação. "Tem gente falando que foi por causa de namorado, de vários motivos, mas eu garanto que isso não aconteceu. Pode ter sido fofoca, mas eu não posso afirmar nada".
Além disso, ela e a família vão procurar o Conselho Tutelar para receber orientações de como proceder após as agressões, mas a estudante disse que não pretende pedir transferência da escola. O pai dela, Antônio Paula da Silva, afirmou que ficou chocado com a atitude da jovem porque sempre a tratou como filha. "Ela vivia na minha casa, eu levava ela para comer pizza, é inacreditável. Queremos que a diretora da escola tenha uma postura mais rígida para que a gente possa ficar tranquilo da minha família voltar na escola".
O G1 tentou contato com a outra estudante que participou da briga e também com a diretora da unidade de ensino, mas até a publicação da reportagem não obteve retorno. Em nota, a Secretaria Estadual de Educação considerou "lamentável" o caso de agressão. Além disso, informou que convocou os responsáveis pelas adolescentes, de 16 anos, para uma reunião e acionará o Conselho Tutelar. As estudantes foram suspensas por três dias.
Conselho Tutelar
Segundo a conselheira Daniella Barreto, o ato infracional e de indisciplina escolar foge da atribuição do órgão. “O que o Conselho faz são estatísticas e encaminhamento para os órgãos de atendimento”, explica. No caso da briga, Daniella afirma que o caso deverá ser resolvido na Vara da Infância. “O que será oferecido por parte do Conselho é atendimento para a família, atendimento posterior a essas adolescentes”.
A assessoria da diretoria regional reiterou que a conduta do professor será apurada e, caso sejam verificadas falhas, providências serão tomadas.
Histórico de violência
Em abril de 2011, uma professora da unidade de ensino foi agredida ao pedir que dois alunos parassem de brigar. Na época, foi registrado um boletim de ocorrência, no qual é relatado que em uma discussão entre dois alunos, a professora pediu que os jovens não se agredissem.
Um deles quis sair da sala, mas a professora tentou impedir. O adolescente, então, empurrou as carteiras e deu dois socos no rosto dela.
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