Atualizado em
25/04/2013 15h36
Empresário disse que dirigia a 100 km/h, 10 km/h a menos que limite.
Thor responde por homicídio culposo por atropelamenteo de ciclista.
Thor deixa o interrogatório em Caxias (Foto: Alba
Valéria Mendonça/G1)
O empresário Thor Batista deixou, por volta das 14h30 desta quinta-feira (25), o Fórum de Duque de Caxias,
na Baixada Fluminense, onde foi ouvido pela primeira vez pela juíza
Daniela Barbosa Assumpção. O filho de Eike responde ao processo de
homicídio culposo — quando não há intenção de matar — pela morte do
ciclista Wanderson Pereira dos Santos, de 30 anos, atropelado por ele na
Rodovia Washington Luís, em março de 2012.Valéria Mendonça/G1)
Segundo o advogado de Thor, Celso Vilardi, ele confirmou o depoimento que deu na delegacia na época do acidente. Na ocasião, ele confirmou que trafegava dentro da velocidade permitida (110 km/h), que estava muito escuro no local e que se deparou com o ciclista no meio da pista. Segundo o advogado, Thor disse que o acidente foi "inevitável". O G1 teve acesso ao interrogatório, no qual constava que Thor disse trafegar a 100 km/h na reta e a 70 km/h na serra.
Chegada ao lado de Luma
Thor chegou por volta das 12h45 acompanhado da mãe, Luma de Oliveira. O interrogatório foi na 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias. No mês passado, ele faltou ao interrogatório. Na ocasião, os advogados de defesa afirmaram que o jovem necessitava de repouso e que o acidente de carro exigia um novo laudo.
No primeiro documento sobre o acidente, a perícia calculou que o veículo dirigido pelo filho do empresário Eike Batista estava a 135k m/h. No dia 27 de fevereiro deste ano, a Justiça do Rio aceitou o pedido da defesa e afastou o perito criminal responsável pelo laudo que atestava que Thor dirigia em alta velocidade. Também foi revogada a medida cautelar que suspendia a carteira de habilitação do filho do empresário.
De acordo com a segunda perícia, a velocidade não teria ultrapassado os 115km/h. Na via, a velocidade máxima permitida é de 110km/h.
'Violação da imparcialidade'
O primeiro documento foi apresentado em uma audiência, em 13 dezembro do ano passado, pelo perito Hélio Martins Júnior, do Instituto Criminalista Carlos Éboli (ICCE). Segundo a defesa do estudante, a prova é inválida porque já deveria constar no processo desde o início. Segundo o Tribunal de Justiça, os desembargadores decidiram por dois votos a um sobre a suspensão do laudo. De acordo com a decisão, o perito “não deverá mais manifestar-se nos autos”.
Thor chegou ao depoimento de mãos dadas com a mãe, Luma de Oliveira (Foto: Alba Valéria Mendonça/G1)
Na decisão, a juíza frisou que o perito teve, por mais de uma vez,
contato direto com o Ministério Público. Isso já seria capaz de
“suscitar dúvidas sobre a sua atuação como auxiliar da Justiça neste
processo”. Daniela Barbosa ainda argumenta que essa relação, entre o
perito e a promotoria, “constitui ofensa aos princípios da igualdade
processual, do contraditório e da ampla defesa e, bem certo, ao devido
processo legal constitucional”.Entenda o caso
Na noite de 17 de março de 2012, Thor Batista atropelou e matou um ciclista que cruzava a Rodovia Washington Luís (BR-040), na altura de Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
O ajudante de caminhão Wanderson Pereira dos Santos passava de bicicleta pela pista sentido Rio, na descida da serra, e foi atingido pelo carro do filho do bilionário, uma Mercedes-Benz SLR McLaren prata, placa EIK-0063, ano 2006.
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