qua, 17/04/13
por Dhiego Maia |
categoria agronegócio, Curiosidades, estradas, Limites de município, Perrengues, Personagens da estrada
Parado
no bloqueio do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) realizado
nesta quarta-feira (17), no quilômetro 193 da rodovia BR-267, entre os
municípios de Nova Alvorada do Sul e Bataguassu, ambos em Mato Grosso do
Sul, o motorista Cláudio Pereira teve que tomar uma difícil decisão
para não colocar em risco a carga que transportava.
Na carroceria do caminhão dele estava um touro da raça nelore que viaja frequentemente entre MS e SP. O sêmen do animal é recolhido em Presidente Prudente (SP) para inseminar vacas da mesma raça.
Sem água e comida, Cláudio ficou preocupado com a saúde do animal. Ele deixou a rodovia e seguiu por um desvio de terra desconhecido para ele. Antes de partir, ele disse ao G1 que o “sol forte e a falta de água para o animal poderiam prejudicar a saúde [do touro]”.
O touro, segundo o motorista, já é responsável por linhagem pura de nelores. O preço do boi, disse Cláudio, nem ele sabe.
Na carroceria do caminhão dele estava um touro da raça nelore que viaja frequentemente entre MS e SP. O sêmen do animal é recolhido em Presidente Prudente (SP) para inseminar vacas da mesma raça.
Sem água e comida, Cláudio ficou preocupado com a saúde do animal. Ele deixou a rodovia e seguiu por um desvio de terra desconhecido para ele. Antes de partir, ele disse ao G1 que o “sol forte e a falta de água para o animal poderiam prejudicar a saúde [do touro]”.
O touro, segundo o motorista, já é responsável por linhagem pura de nelores. O preço do boi, disse Cláudio, nem ele sabe.
G1 entra na rodovia Transamazônica
qua, 17/04/13
por Glauco Araújo |
categoria estradas, Perrengues
Após sair de Trairão (PA), o G1 entra na
rodovia Transamazônica para seguir viagem até Rurópolis (PA). Serão
cerca de 170 quilômetros de estrada. Segundo motoristas que costumam
transportar carga por ela, o estado de conservação do trecho é precário.
Nos primeiros quilômetros percorridos já foi possível perceber que o
acostamento é estreito demais, praticamente impossível de um carro de
passeio ficar parado em casa de emergência sem ser atingido por outro
que venha na mesma pista. Em alguns pontos há acostamento apenas em um
dos lados. Além disso, a vegetação no entorno parece engolir o trecho
asfaltado. Até Rurópolis, boa parte da viagem será feita em terra, como
afirmou o motorista Biro-Biro, que está dando carona ao G1. Ele fez o
mesmo trajeto na semana passada.
Manifestação do MST deixa BR-267 bloqueada
qua, 17/04/13
por Dhiego Maia |
O G1 vivenciou nesta quarta-feira (17) o primeiro congestionamento de grandes proporções em uma rodovia federal desde o início da expedição ‘Rumo ao Porto’, de Sorriso (MT) ao Porto . A fila de caminhões, com extensão aproximada de 11 quilômetros nos dois sentidos da pista, se formou devido a uma manifestação realizada por integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) na rodovia BR-267, em Mato Grosso do Sul, entre os municípios de Nova Alvorada do Sul e Bataguassu. Os integrantes mantêm acampamentos às margens da rodovia e reivindicam, entre outras pautas, o início imediato do processo de assentamento rural.
Ficamos parados por mais de três horas no quilômetro 193 da rodovia. No local, o único meio de comunicação que funcionou foi o rádio instalado nas boleias. A região não conta com sinal para celular, tampouco, internet.
O G1 flagrou motoristas desesperados se arriscando em um desvio de terra para conseguir levar cargas, em sua maioria, perecíveis, para o destino contratado. Policiais rodoviários controlaram a manifestação e, durante a liberação da pista, formaram uma espécie de comboio para controlar o fluxo de veículos na BR.
A rodovia já havia sido bloqueada nesta terça-feira (16) e, mesmo durante a liberação desta quarta-feira, a via pode voltar a ser bloqueada mais uma vez. Por conta do congestionamento, a programação da expedição para o dia de hoje foi prejudicada. A estimativa de Adalgiro Scheibler, motorista que guia o G1 até o porto de Santos (SP), é que até o final da noite a viagem avance 300 km pelo estado de São Paulo.
Incomunicável
qua, 17/04/13
por Dhiego Maia |
O dia parecia calmo no comecinho desta quarta-feira (17) quando deixei a cidade de Nova Alvorada do Sul, em Mato Grosso do Sul. Trocamos de rodovia. Saímos da BR-163, que trilhamos desde o início da expedição, e partimos para a BR-267 com destino ao estado de São Paulo.O estado de conservação e a sinalização da via são exemplares. O único problema é que em toda a sua extensão não há sinal para 3G. Quem é vítima de um acidente ou fica ilhado na rodovia precisa contar com a solidariedade de outros motoristas ou, simplesmente, esperar.
Hoje pela manhã, fui vítima do isolamento. Fiquei três horas parado na pista por conta de uma manifestação feita por integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST). Precisei percorrer mais 70 quilômetros para, em uma vila de nome Casa Verde, encontrar um lan house para enviar o meu relato. Foi a primeira vez que isso aconteceu no meu trecho. Vou esperar os próximos capítulos.
Falta asfalto, sobra lama
qua, 17/04/13
por Laura Naime |
categoria estradas
Em novembro de 2012, uma inspeção da Aprosoja e do Movimento Pró-Logística mostrou que, no trecho da BR 163 no estado do Pará
– por onde estão passando o repórter Glauco Araújo e o motorista
Biro-Biro –, só 49% estava asfaltado e só 40% tinha sinalização.
O levantamento constatou que, no trecho de 223 quilômetros entre Rurópolis e Santarém, ainda faltava pavimentação em 48 km em maio de 2012. Nos seis meses seguintes, foram asfaltados apenas 3 quilômetros.
O levantamento constatou que, no trecho de 223 quilômetros entre Rurópolis e Santarém, ainda faltava pavimentação em 48 km em maio de 2012. Nos seis meses seguintes, foram asfaltados apenas 3 quilômetros.
Fé na estrada
qua, 17/04/13
por Glauco Araújo |
Depois dos perrengues enfrentados nesta
terça-feira (16) pelo motorista Biro-Biro, que está dando carona para o
G1 até o Porto de Santarém (PA), ele vai se apegar ao terço que leva
pendurado no retrovisor da boleia para que a chuva forte desta madrugada
não tenha prejudicado o fluxo de caminhões até Rurópolis (PA), que será
a nossa nova parada. Partindo de Trairão (PA), serão 200 quilômetros de
BR-163, mas apenas 70 deles asfaltados. O restante do trajeto será
feito em pista de terra, buraco e, provavelmente, muita lama.
Desviando do português
qua, 17/04/13
por Glauco Araújo |
Em um trecho da obra na BR-163, perto do limite
entre as cidades de Novo Progresso (PA) e Trairão (PA), o G1 flagrou um
cavalete de sinalização com informação escrita da maneira errada:
“Disvio”. A pessoa que fez a placa, obviamente, queria informar aos
motoristas sobre o desvio no trajeto, mas acabou “derrapando na pista”.
Banho por R$ 50
qua, 17/04/13
por Glauco Araújo |
Chegamos a Trairão por volta da 1h30 desta quarta-feira (17). A reportagem do G1 imaginou a possibilidade de encontrar hotéis ou pousadas abertas para poder descansar e limpar a roupa suja de lama. Biro-Biro estacionou o caminhão em um posto de combustível e fomos buscar a desejada hospedagem.
O hotel vizinho ao posto estava com lotação máxima, nem mesmo recepcionista noturno estava trabalhando no horário, apenas uma plaquinha informando não haver vagas. Seguimos pela avenida da cidade até outros três hotéis, mas todos estavam com as portas fechadas e também não tinham recepcionistas para atender possíveis hóspedes de última hora.
De repente, um blecaute atinge a cidade. O jeito foi dividir a boleia com Biro-Biro. A chuva intensa e os ventos fortes marcaram a madrugada até 5h30. Já de manhã, negociamos o uso de banheiro de um dos hotéis. Por R$ 50 pudemos tomar um reconfortante banho gelado e sem chuveiro.
Se a condição da estrada estiver trafegável, tentaremos chegar a Rurópolis (PA) e, dependendo da chuva, seguiremos ainda nesta quarta para Santarém (PA). Até as 8h55 o fornecimento de energia elétrica em Trairão ainda não havia sido retomado integralmente.
Atoleiro na BR-163
qua, 17/04/13
por Glauco Araújo |
categoria Sem categoria
O
plano de viagem desta terça-feira (16) era o de chegar até Rurópolis
(PA), mas alguns imprevistos impediram que isso acontecesse. O primeiro foi um atoleiro em Moraes de Almeida, distrito de Itaituba (PA),
que acabou nos deixando parados por cerca de uma hora. Outro fator para
isso foi o péssimo estado de conservação da BR-163 até a sede de
Trairão (PA).
Parte da rodovia estava asfaltada, mas grande parte estava sem qualquer sinal de pavimentação, apenas barro, pedras e muitos buracos. Como se não bastasse o primeiro atoleiro, eis que surgiu outro em nosso caminho, perto da Vila Tucunaré, em Trairão (PA). Dois caminhões escorregaram em uma subida coberta por pedras e lama e ficaram tortos na pista.
Por receio, os motoristas que vieram a seguir preferiram esperar passar a chuva para seguirem viagem. O problema ocorreu por volta das 18h, mas o G1 e o motorista Biro-Biro chegaram ao local às 20h, quando parte dos caminhoneiros já dormia na boleia, recuperando energia para encarar a estrada de novo. No meio da escuridão, nos juntamos com os demais caminhoneiros, totalizando uma fila de 23 veículos para deixar o lugar assim que a pista fosse liberada, o que só aconteceu pouco depois da meia noite.
Como não há telefones de emergência na extensão da BR-163, nem suporte mecânico ou de guincho, o jeito foi esperar a chuva parar, a lama secar um pouco e seguirmos viagem até Trairão. “Telefone aqui, moço, só o meu grito”, disse o comerciante conhecido como Cabeça de Bagre.
Parte da rodovia estava asfaltada, mas grande parte estava sem qualquer sinal de pavimentação, apenas barro, pedras e muitos buracos. Como se não bastasse o primeiro atoleiro, eis que surgiu outro em nosso caminho, perto da Vila Tucunaré, em Trairão (PA). Dois caminhões escorregaram em uma subida coberta por pedras e lama e ficaram tortos na pista.
Por receio, os motoristas que vieram a seguir preferiram esperar passar a chuva para seguirem viagem. O problema ocorreu por volta das 18h, mas o G1 e o motorista Biro-Biro chegaram ao local às 20h, quando parte dos caminhoneiros já dormia na boleia, recuperando energia para encarar a estrada de novo. No meio da escuridão, nos juntamos com os demais caminhoneiros, totalizando uma fila de 23 veículos para deixar o lugar assim que a pista fosse liberada, o que só aconteceu pouco depois da meia noite.
Como não há telefones de emergência na extensão da BR-163, nem suporte mecânico ou de guincho, o jeito foi esperar a chuva parar, a lama secar um pouco e seguirmos viagem até Trairão. “Telefone aqui, moço, só o meu grito”, disse o comerciante conhecido como Cabeça de Bagre.
Terceiro dia
qua, 17/04/13
por Dhiego Maia |
categoria estradas, Limites de município
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