Atualizado em
06/05/2013 08h42
Allama Shah Ahmad Shahi foi escoltado para fora de Dacca nesta segunda.
Protestos a favor de lei contra blasfêmia deixaram pelo menos 28 mortos.
O
líder de grupo radical islâmico, Allama Shah Ahmad Shahi é escoltado
para fora de Daccar. Radicais entraram em confronto com a polícia
exigindo lei contra blasfêmia em Bangladesh (Foto: AFP)
O líder das manifestações islamitas que pedem uma lei contra a blasfêmia em Bangladesh
foi escoltado nesta segunda-feira (6) de Dacca, a capital do país, e
colocado em um avião com destino a outra cidade, informou a polícia."Foi para o aeroporto na presença da polícia", disse o comissário adjunto da polícia de Dacca, Mahfuzul Islam.
No domingo, pelo menos 28 pessoas morreram e centenas se feriram em confronto entre policiais e dezenas de milhares de radicais islâmicos que exigem uma lei que puna blasfêmias. Os protestos aconteceram no centro da cidade de Dacca.
Autoridades da polícia indicaram à agência de notícias France Presse que cerca de 200.000 pessoas participaram dos protestos no centro da capital bengalesa.
Manifestantes
entram em confronto com a polícia em Bangladesh exigindo lei contra
blasfêmia ao Islã; pelo menos 28 pessoas morreram e dezenas ficaram
feridas no domingo (5) (Foto: Reuters)
Os militantes exigem pena de morte àqueles que caluniarem a religião
islâmica. O primeiro-ministro Sheikh Hasina, que está à frente de um
governo laico desde 2009 de Bangladesh, de maioria muçulmana, rejeitou
as reivindicações dos islamitas, argumentando que a legislação atual já
permite condenar qualquer pessoa que insulte o Islã.No mês passado, os ativistas do Hefajat organizaram uma greve geral e uma concentração que contou com centenas de milhares de pessoas, considerada a maior em décadas.
Radicais islâmicos oram durante protesto a favor de lei que pune calúnia ao Islã. (Foto: Reuters)
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