sexta-feira, 10 de maio de 2013

Irmãos Cravinhos deixam presídio em saída temporária do Dia das Mães


  Atualizado em 10/05/2013 11h18

É a primeira vez que deixam presídio; irmãos devem voltar na quarta (15).
Cravinhos foram presos em 2002 condenados pela morte dos Richthofen.

Do G1 Vale do Paraíba e Região

Saída dos irmãos Cravinho (Foto: Carlos Santos/G1)Irmãos Cravinhos deixam presídio no carro dos
advogados de defesa. (Foto: Carlos Santos/G1)
Os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos de Paula e Silva deixaram por volta das 8h30 desta sexta-feira (10) a penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé (SP). É a primeira vez que eles deixam o presídio desde 2002, quando foram presos condenados pela morte dos pais de Suzane von Richthofen.

Sem falar com a imprensa, eles saíram em um carro com vidros escuros que, segundo funcionários do presídio, pertence aos advogados de defesa dos irmãos. "Cristian estava mais ansioso que Daniel até por ser mais comunicativo. Eles falaram que iriam sair mais cedo para evitar a imprensa", afirmou na saída do P2 um preso que está na mesma ala que os Cravinhos e que também foi contemplado com a saída temporária do Dia das Mães.
Segundo o mesmo detento, os irmãos estão na cela 1 da ala de progressão que tem cerca de 80 presos. "O Daniel está trabalhando na capina, e Cristian na jardinagem", disse o preso de 28 anos que não quis se identificar. Os irmãos foram condenados em 2006 em júri popular. Daniel, na época namorado de Suzane Richthofen,  foi condenado a 39 anos e seis meses o irmão, Cristian, a 38 anos e seis meses em regime fechado.
Os irmãos foram beneficiados pela saída temporária do Dia das Mães, benefício previsto aos presos do regime semiaberto ao qual os Cravinhos foram inseridos em fevereiro deste ano por "bom comportamento", segundo a Justiça. O retorno dos irmãos está agendado para a próxima quarta-feira (15).
A autorização judicial  para a saída dos irmãos foi concedida nesta quinta-feira (9) pela juíza Wania Regina Gonçalves da Cunha, da Vara das Execuções Criminais (VEC) de Taubaté, três meses depois de a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani atender ao pedido da defesa dos irmãos de progressão de regime.
O crime aconteceu na casa da família de Suzane, na zona sul de São Paulo. Manfred e Marísia Richthofen eram contra o namoro da filha Suzane com Daniel Cravinhos. Os pais de Suzane foram assassinados enquanto dormiam em sua mansão na Rua Zacarias de Góis, no Brooklin. O casal levou golpes de barras de ferro na cabeça e Marísia ainda foi asfixiada com uma toalha e um saco plástico.
Os advogados dos irmãos Cravinhos, Geraldo Jabur e Gislaine Jabur, foram procurados pelo G1, mas não retornaram as ligações até a publicação desta reportagem.

Bom comportamento
Segundo o Tribunal de Justiça, para conceder a progressão de regime em fevereiro, a magistrada levou em consideração o bom comportamento carcerário, atestado pelo diretor da unidade prisional.

O Ministério Público também apresentou parecer favorável a progressão do regime fechado para o semiaberto. Segundo a promotoria, não havia nenhum argumento que fosse contra o pedido dos irmãos Cravinhos. Desde então, os irmãos foram transferidos para o pavilhão de regime semiaberto da P2, onde ficaram em observação por 40 dias.
Suzane von Richthofen
Em 21 de março deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou pedido de progressão para o regime semiaberto formulado pela defesa de Suzane von Richthofen. Com a decisão, ela continua presa em regime fechado em Tremembé. Na cadeia, Suzane convive com outras detentas envolvidas em casos de grande repercussão, como Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da menina Isabella Nardoni e Elize Matsunaga, acusada pela morte do executivo da Yoki, Marcos Matsunaga.

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