O
Ministério da Saúde anunciou ontem (18), em Brasília, que a vacina
contra a gripe H1N1 terá produção 100% nacional. A medida foi possível
por meio da transferência tecnológica do laboratório francês Sanofi
Pasteur para o Instituto Butantan, em São Paulo.
Segundo o governo, até 2015, o Butantan atenderá toda a demanda nacional de doses da vacina contra o vírus influenza. Até hoje, o instituto distribuiu 6,5 milhões de doses, e a meta para os próximos dois anos é chegar a 44 milhões de unidades.
"Quando o Brasil tem tecnologia própria, nenhuma crise econômica, nenhuma variação do dólar, nenhuma decisão unilateral de empresas coloca em risco o tratamento dos pacientes aqui. Hoje, só conseguimos ampliar o calendário de vacinação contra a gripe porque mais de 90% das doses já são produzidas no Brasil", destacou o ministro Alexandre Padilha.
Ele reforçou, ainda, que essas parcerias representam mais autonomia ao país, pois, se houver alguma pandemia de gripe, haverá uma maior segurança para aumentar a produção da vacina.
Medicamentos biológicos
Nesta terça, também foram anunciadas 27 novas parcerias com oito laboratórios públicos e 17 privados para a fabricação nacional de 14 medicamentos biológicos – produtos feitos a partir de células vivas, mais eficazes e com menos efeitos colaterais, por não conterem conservantes. Esses remédios são geralmente indicados para o tratamento de doenças crônicas.
Entre os medicamentos biológicos que serão produzidos, estão seis para câncer (como de mama e leucemia), quatro para artrite reumatoide, um para diabetes, um cicatrizante, um hormônio do crescimento e uma vacina para alergia.
Com a medida, o Brasil passa a fabricar 25 drogas desse tipo, que representam 43% dos gastos (R$ 4 bilhões) do Ministério da Saúde e apenas 5% da quantidade adquirida. Até 2017, a meta é produzir todos os 25 inteiramente no país. De acordo com Padilha, um único tratamento com medicamento biológico custa até R$ 20 mil por mês, mas o governo tem oferecido os produtos à população de forma gratuita.
"Há dois anos, o país não produzia insulina nem fazia parte do grupo de menos de dez países que produzem algum medicamento biotecnológico para câncer e doenças inflamatórias", disse Padilha. De acordo com o ministro, em dois anos, o Sistema Único de Saúde (SUS) também passou de 500 para mais de 800 remédios oferecidos à população.
Para impulsionar a área dos biológicos, o governo anunciou a instalação, no município de Eusébio (CE), da primeira fábrica para produção de medicamentos com base vegetal, já aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela FDA, que regula remédios e alimentos nos EUA.
Para a construção dessa nova planta, coordenada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), serão investidos R$ 170 milhões. A previsão é que o prédio funcione integralmente até 2016 e seja capaz de fabricar a primeira vacina do mundo a partir de uma planta, contra a febre amarela.
Segundo o secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, vários outros estados – como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais – estão montando parques tecnológicos próprios. A aposta nesse mercado, que movimenta R$ 90 milhões no país, poderá reduzir preços, afirmou Gadelha.
"As parcerias refletem essa fase moderna, competitiva, de focar no futuro e não apenas pagar nossas dívidas com o passado", ressaltou.
O secretário também afirmou que, até 2014, haverá um investimento de R$ 2 bilhões em infraestrutura de laboratórios públicos, o dobro dos últimos dez anos. Gadelha explicou que essas ações cooperativas envolvem 15 ministérios e agências, como os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Também participam a Fiocruz e o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), entre outros.
Fonte: Bem Estar - G1
Segundo o governo, até 2015, o Butantan atenderá toda a demanda nacional de doses da vacina contra o vírus influenza. Até hoje, o instituto distribuiu 6,5 milhões de doses, e a meta para os próximos dois anos é chegar a 44 milhões de unidades.
"Quando o Brasil tem tecnologia própria, nenhuma crise econômica, nenhuma variação do dólar, nenhuma decisão unilateral de empresas coloca em risco o tratamento dos pacientes aqui. Hoje, só conseguimos ampliar o calendário de vacinação contra a gripe porque mais de 90% das doses já são produzidas no Brasil", destacou o ministro Alexandre Padilha.
Ele reforçou, ainda, que essas parcerias representam mais autonomia ao país, pois, se houver alguma pandemia de gripe, haverá uma maior segurança para aumentar a produção da vacina.
Medicamentos biológicos
Nesta terça, também foram anunciadas 27 novas parcerias com oito laboratórios públicos e 17 privados para a fabricação nacional de 14 medicamentos biológicos – produtos feitos a partir de células vivas, mais eficazes e com menos efeitos colaterais, por não conterem conservantes. Esses remédios são geralmente indicados para o tratamento de doenças crônicas.
Entre os medicamentos biológicos que serão produzidos, estão seis para câncer (como de mama e leucemia), quatro para artrite reumatoide, um para diabetes, um cicatrizante, um hormônio do crescimento e uma vacina para alergia.
Com a medida, o Brasil passa a fabricar 25 drogas desse tipo, que representam 43% dos gastos (R$ 4 bilhões) do Ministério da Saúde e apenas 5% da quantidade adquirida. Até 2017, a meta é produzir todos os 25 inteiramente no país. De acordo com Padilha, um único tratamento com medicamento biológico custa até R$ 20 mil por mês, mas o governo tem oferecido os produtos à população de forma gratuita.
"Há dois anos, o país não produzia insulina nem fazia parte do grupo de menos de dez países que produzem algum medicamento biotecnológico para câncer e doenças inflamatórias", disse Padilha. De acordo com o ministro, em dois anos, o Sistema Único de Saúde (SUS) também passou de 500 para mais de 800 remédios oferecidos à população.
Para impulsionar a área dos biológicos, o governo anunciou a instalação, no município de Eusébio (CE), da primeira fábrica para produção de medicamentos com base vegetal, já aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela FDA, que regula remédios e alimentos nos EUA.
Para a construção dessa nova planta, coordenada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), serão investidos R$ 170 milhões. A previsão é que o prédio funcione integralmente até 2016 e seja capaz de fabricar a primeira vacina do mundo a partir de uma planta, contra a febre amarela.
Segundo o secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, vários outros estados – como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais – estão montando parques tecnológicos próprios. A aposta nesse mercado, que movimenta R$ 90 milhões no país, poderá reduzir preços, afirmou Gadelha.
"As parcerias refletem essa fase moderna, competitiva, de focar no futuro e não apenas pagar nossas dívidas com o passado", ressaltou.
O secretário também afirmou que, até 2014, haverá um investimento de R$ 2 bilhões em infraestrutura de laboratórios públicos, o dobro dos últimos dez anos. Gadelha explicou que essas ações cooperativas envolvem 15 ministérios e agências, como os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Também participam a Fiocruz e o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), entre outros.
Fonte: Bem Estar - G1
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