15/06/2013
Demontier Tenório
Soldado
da Polícia Militar, Ricardo Antonio Bento Burgos, de 38 anos, foi
condenado a 16 anos de prisão por um homicídio em Várzea Alegre (Foto:
Chinês/Agência Miséria)
O assassinato se deu mediante um tiro espingarda calibre 12 à queima roupa na face da vítima. Hoje, o Soldado Ricardo é reformado encontra-se recolhido ao presídio militar em Fortaleza e não chegou a ser expulso da corporação ante a apresentação de exames de sanidade mental. No próximo dia 20 de junho, ele volta a sentar no banco dos réus em Juazeiro para ser julgado pelo assassinato de Carlos Alberto Castro Santana.
No julgamento de ontem no fórum de Juazeiro, o Conselho de Sentença repeliu a tese de defesa erguida pelo advogado Ivaélio Mendes de Alencar. Além da condenação aos 16 anos de prisão, o pagamento de R$ 25 mil à família da vítima por danos morais. A sentença assinada pela juiza Ana Raquel Colares dos Santos Linard levou ainda em conta os "péssimos antecedentes” do réu. De acordo com os autos, ele tinha chegado ao local do crime por volta das 11 horas junto com um amigo identificado como Romário.
Os dois beberam e comeram juntos saindo sete horas depois. O retorno do Soldado Ricardo ao estabelecimento se deu por volta das 22 horas e este convidou a proprietária Zely Freire Gurgel a sair com o mesmo quando ela se negou. O PM apanhou três cervejas e saiu de carro cm Black Coco retornando depois quando deixou a vítima e saiu novamente com Romário que ali se encontrava.
Os autos citam ainda que o militar regressou pela terceira vez ao bar e restaurante quando encontrou Black Coco agitado e quebrando umas garrafas. O Soldado Ricardo se ofereceu à comerciante para “dar um jeito” e a mesma recusou afirmando que já havia chamado o policiamento de plantão. A vítima prosseguiu na sua baderna quando o PM empunhou a espingarda e efetuou um único disparo no rosto de Black Coco causando sua morte imediata.
Os demais clientes, conforme cita o conteúdo da denúncia, ficaram apavorados e correram se embrenhando dentro de um matagal perto. Ainda de acordo com o texto, o Soldado Ricardo teria saído do estabelecimento atirando para o alto e ameaçando testemunhas caso fizessem menções ao seu nome quando a patrulha viesse. Ele se apresentou dois dias depois e nada disse na presença do delegado, porém já havia uma prisão preventiva decretada considerando o homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e surpresa.
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