O bloqueio no local foi formado por homens da Tropa de Choque, Cavalaria
e Canil da PM e pela Força Nacional. Uma das pedras atingiu o rosto de
um policial. As tropas reagiram lançando algumas bombas de gás (Foto:
Reuters)
Belo Horizonte O
protesto que reúne cerca de 60 mil pessoas em Belo Horizonte na tarde
de ontem registrou um confronto entre manifestantes e a Polícia Militar
por volta das 16h10 perto do estádio do Mineirão. Às 16h, teve início no
estádio o jogo entre Japão e México pela Copa das Confederações.
Segundo o major Gilmar Luciano Santos, que monitorou o protesto do centro de operações, o ato reuniu 60 mil pessoas. A multidão marchou desde o centro da cidade quando um grupo tentou furar o bloqueio e se aproximar do Mineirão.
Partindo da praça Sete, no centro, a passeata chegou à região do estádio pela avenida Antonio Carlos. No cruzamento com a avenida Abraão Caram, uma das que dão acesso ao estádio Mineirão.
De acordo com o coronel Carvalho, comandante da PM, havia um acordo com as lideranças para que a marcha passasse pela avenida Antônio Carlos e seguisse para a lagoa da Pampulha. Porém, algumas pessoas tentaram romper o cordão de isolamento jogando pedras e outros objetos, segundo a polícia.
O bloqueio no local foi formado por homens da Tropa de Choque, Cavalaria e Canil da PM e pela Força Nacional. Uma das pedras atingiu o rosto de um policial. As tropas reagiram lançando algumas bombas de gás para impedir o avanço dos manifestantes.[/TEXTO] “Desta vez, se foi uma minoria que começou, ela conseguiu comover boa parte dos manifestantes.
O conflito foi generalizado”, afirmou o comandante, antes de citar que vários litros de gasolina usados para fabricação de coquetel molotov foram apreendidos. A situação ficou ainda pior quando parte do público presente no protesto se dirigiu para a avenida Abrahão Caram, e a polícia disparou mais de 20 bombas para dispersar os manifestantes. Um membro da cavalaria se feriu com uma das bombas e foi levado para o hospital. Entre os prédios depredados no meio da confusão estava um edifício da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Alguns protestantes até invadiram uma área da universidade e roubaram mudas de árvores de um projeto de reflorestamento para montar barricadas. Além disso, concessionárias da Hyundai e da Kia Motors tiveram seus vidros e móveis destruídos
São Paulo
Cartazes e faixas contra a corrupção e a ausência de grupos organizados marcaram ontem o protesto contra a PEC 37 na avenida Paulista, centro de São Paulo, A manifestação reuniu 30 mil pessoas.
Não havia sinais de partidos nem outros grupos que lideraram a série de protestos em São Paulo nas últimas duas semanas. O Movimento Passe Livre desapareceu no ato de ontem. Surgiram grupos de médicos com faixas cobrando qualidade na saúde e com críticas à contratação de estrangeiros.
Além da PEC 37, pequenos grupos gritavam contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e a presidente Dilma Rousseff. Ontem, pelo menos 107 cidades do país realizaram protestos por motivos diversos, contabilizando cerca de 286,6 mil manifestantes.
Salvador tem protesto violento
Salvador O barulho dos fogos de artifício na região da Fonte Nova após o primeiro gol do Brasil contra a Itália se confundiu a explosões de bombas de gás lacrimogêneo arremessadas pela polícia contra manifestantes próximos ao estádio.
Segundo o major Gilmar Luciano Santos, que monitorou o protesto do centro de operações, o ato reuniu 60 mil pessoas. A multidão marchou desde o centro da cidade quando um grupo tentou furar o bloqueio e se aproximar do Mineirão.
Partindo da praça Sete, no centro, a passeata chegou à região do estádio pela avenida Antonio Carlos. No cruzamento com a avenida Abraão Caram, uma das que dão acesso ao estádio Mineirão.
De acordo com o coronel Carvalho, comandante da PM, havia um acordo com as lideranças para que a marcha passasse pela avenida Antônio Carlos e seguisse para a lagoa da Pampulha. Porém, algumas pessoas tentaram romper o cordão de isolamento jogando pedras e outros objetos, segundo a polícia.
O bloqueio no local foi formado por homens da Tropa de Choque, Cavalaria e Canil da PM e pela Força Nacional. Uma das pedras atingiu o rosto de um policial. As tropas reagiram lançando algumas bombas de gás para impedir o avanço dos manifestantes.[/TEXTO] “Desta vez, se foi uma minoria que começou, ela conseguiu comover boa parte dos manifestantes.
O conflito foi generalizado”, afirmou o comandante, antes de citar que vários litros de gasolina usados para fabricação de coquetel molotov foram apreendidos. A situação ficou ainda pior quando parte do público presente no protesto se dirigiu para a avenida Abrahão Caram, e a polícia disparou mais de 20 bombas para dispersar os manifestantes. Um membro da cavalaria se feriu com uma das bombas e foi levado para o hospital. Entre os prédios depredados no meio da confusão estava um edifício da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Alguns protestantes até invadiram uma área da universidade e roubaram mudas de árvores de um projeto de reflorestamento para montar barricadas. Além disso, concessionárias da Hyundai e da Kia Motors tiveram seus vidros e móveis destruídos
São Paulo
Cartazes e faixas contra a corrupção e a ausência de grupos organizados marcaram ontem o protesto contra a PEC 37 na avenida Paulista, centro de São Paulo, A manifestação reuniu 30 mil pessoas.
Não havia sinais de partidos nem outros grupos que lideraram a série de protestos em São Paulo nas últimas duas semanas. O Movimento Passe Livre desapareceu no ato de ontem. Surgiram grupos de médicos com faixas cobrando qualidade na saúde e com críticas à contratação de estrangeiros.
Além da PEC 37, pequenos grupos gritavam contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e a presidente Dilma Rousseff. Ontem, pelo menos 107 cidades do país realizaram protestos por motivos diversos, contabilizando cerca de 286,6 mil manifestantes.
Salvador tem protesto violento
Salvador O barulho dos fogos de artifício na região da Fonte Nova após o primeiro gol do Brasil contra a Itália se confundiu a explosões de bombas de gás lacrimogêneo arremessadas pela polícia contra manifestantes próximos ao estádio.
As agressões mútuas começaram após cerca de 500 pessoas tentarem
ultrapassar a barreira de policiais no raio de 2 km da Fonte (Foto:
Reuters)
Cerca de 500 pessoas entraram em confronto com os policiais na área do vale dos Barris, vizinha ao Dique do Tororó, uma lagoa que fica na frente da arena baiana.
A ação foi mais rápida e violenta que a de quinta-feira (20), quando 20 mil estavam nas ruas e também houve depredações na cidade.
“Chegou a existir troca de agressões físicas entre as partes e muitos foram detidos. Infelizmente, sabíamos que a tentativa de vir para cá acabaria nisso”, disse Monica Maia, 30, operadora de telemarketing.
O tumulto, no intervalo do triunfo brasileiro, aconteceu porque os manifestantes quiserem ultrapassar a barreira de policiais no raio de 2 km da Fonte Nova. O governador Jaques Wagner (PT) chegou a se articular nos bastidores para impedir qualquer mobilização. As principais bandeiras da movimento eram contra a Fifa, os gastos para a organização da Copa do Mundo e melhores condições para a saúde e a educação no país.
A Polícia Civil do Distrito Federal encontrou, na noite passada um dos suspeitos por depredar o Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, durante manifestação popular na última quinta-feira.
Rio de Janeiro
Trinta pessoas foram detidas no fim da tarde de ontem durante manifestação em Bangu, zona oeste do Rio. De acordo com a Polícia Militar, 15 são menores de idade. Eles estavam com pedaços de pau, pedras e coquetel molotov e foram encaminhados para a 34ª DP (Bangu), onde o caso está sendo registrado.
Segundo a Polícia Militar, não houve confronto. A corporação informou que o grupo de jovens tentava depredar lojas, mas foi contido por agentes do 14º BPM, responsável pelo policiamento da região.
Ato reúne 3 mil em Brasília
Brasília Um grupo de manifestantes estimado pela Polícia Militar em 3.000 pessoas se concentrou de maneira pacífica ontem na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O número de presentes foi provavelmente reduzido por causa do cancelamento do ato, que foi adiado para a próxima quarta-feira.
O ato havia sido convocado pelo mesmo grupo de estudantes e internautas que organizou o protesto da última segunda-feira na frente do Congresso, que reuniu cerca de 10 mil pessoas e culminou com a invasão da marquise do prédio. Aparentemente, os presentes na Esplanada não sabiam do adiamento. A manifestação passou pelo Congresso se dirigiu para a rodoviária de Brasília.
Batizada de Marcha do Vinagre, em referência à prisão de um jornalista que portava vinagre durante um protesto em São Paulo, a manifestação foi marcada, desmarcada e remarcada em apenas 48 horas.
A Polícia colocou 600 homens para acompanhar manifestações. Além do ato no Congresso, a Marcha das Vadias, reuniu de 4.000 a 5.000 pessoas.
O homem que depredou o Itamaraty foi identificado a partir de imagens feitas pela imprensa, trata-se de Cláudio Roberto Borges de Souza 32 anos, que já cumpre pena de prisão domiciliar por furto.
Fonte: Diário do Nordeste
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