Tropa de choque confronta manifestantes perto do Castelão, em Fortaleza (CE) (Foto: Andre Penner/Associated Press)
Ao menos 50 pessoas acabaram feridas e outras três presas após confrontos entre manifestantes e a Polícia Militar no entorno da Arena Castelão. Enquanto torcedores festejavam gols de Jô e Neymar, milhares de pessoas enfrentavam clima de terror nas avenidas de acesso ao estádio. O conflito foi o mais violento entre os que ocorreram durante jogos da Copa das Confederações até agora. A concentração do protesto “mais pão menos circo, copa para quem?” começou cerca de 10h e seguiu em direção ao Castelão às 12h. O grupo partiu do início da avenida Alberto Craveiro e pretendia alcançar o estádio, mas acabou contido por barreira da PM a menos de 300m do início - a mais de 2km da Arena.
Sob gritos de “cadê a liberdade” e “deixem o povo passar”, o movimento pedia passagem e a Polícia negava. O clima permaneceu pacífico até que um grupo reduzido de manifestantes começou a arremessar objetos e tentar remover barreiras da PM. Policiais recuaram e responderam com balas de borracha, gás de pimenta e muitas bombas de gás lacrimogêneo.
Logo nos primeiros disparos, dezenas de manifestantes que não estavam no conflito foram atingidos. Cinegrafistas e fotógrafos buscaram abrigo em imóvel abandonado, que foi alvo de granadas de gás. A repressão aumentou e o protesto se dividiu: uma parte retornou à Alberto Craveiro e outra seguiu pela rua Pedro Dantas. Nessa via, manifestantes incendiaram carro da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC).
Cavalaria da PM reconduziu o protesto para a Alberto Craveiro, onde as manifestações se mantiveram pacíficas até o início do jogo. Logo após o começo da partida, no entanto, a Polícia voltou a usar da violência para dispersar manifestantes. Criticando “ação desproporcional” da PM, a maior parte do protesto se dirigiu à BR-116, onde paralisou o trânsito. Na Alberto Craveiro, manifestantes formaram barricadas, incendiaram placas de trânsito e arremessaram pedras. A PM respondeu e avançou com a cavalaria sobre os populares. Na Paulino Rocha, manifestantes tiveram novo embate com o choque da PM.
SaldoO protesto em Fortaleza chamou atenção da imprensa nacional pelo número de adesões em dia de jogo da seleção. Em Belo Horizonte, protesto no Mineirão teve 20 mil manifestantes. No Rio de Janeiro, foram 600 e em Brasília 800. Em Fortaleza a PM não informou a quantidade. Segundo dados do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), dois policiais e outras sete pessoas solicitaram atendimento de emergência na área. O órgão admite, no entanto, que parte dos feridos pode não ter procurado o serviço. Organização da manifestação apontou mais de 50 feridos.
Segundo a delegada titular da 16º Distrito Policial, Marília Fernandes, três pessoas foram detidas por “incitar, publicamente, a prática de crime”. Seis pessoas foram levadas ao 16º DP por apedrejarem veículos da PM. Eles foram liberados logo após.
Fonte: O Povo
Sob gritos de “cadê a liberdade” e “deixem o povo passar”, o movimento pedia passagem e a Polícia negava. O clima permaneceu pacífico até que um grupo reduzido de manifestantes começou a arremessar objetos e tentar remover barreiras da PM. Policiais recuaram e responderam com balas de borracha, gás de pimenta e muitas bombas de gás lacrimogêneo.
Logo nos primeiros disparos, dezenas de manifestantes que não estavam no conflito foram atingidos. Cinegrafistas e fotógrafos buscaram abrigo em imóvel abandonado, que foi alvo de granadas de gás. A repressão aumentou e o protesto se dividiu: uma parte retornou à Alberto Craveiro e outra seguiu pela rua Pedro Dantas. Nessa via, manifestantes incendiaram carro da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC).
Cavalaria da PM reconduziu o protesto para a Alberto Craveiro, onde as manifestações se mantiveram pacíficas até o início do jogo. Logo após o começo da partida, no entanto, a Polícia voltou a usar da violência para dispersar manifestantes. Criticando “ação desproporcional” da PM, a maior parte do protesto se dirigiu à BR-116, onde paralisou o trânsito. Na Alberto Craveiro, manifestantes formaram barricadas, incendiaram placas de trânsito e arremessaram pedras. A PM respondeu e avançou com a cavalaria sobre os populares. Na Paulino Rocha, manifestantes tiveram novo embate com o choque da PM.
SaldoO protesto em Fortaleza chamou atenção da imprensa nacional pelo número de adesões em dia de jogo da seleção. Em Belo Horizonte, protesto no Mineirão teve 20 mil manifestantes. No Rio de Janeiro, foram 600 e em Brasília 800. Em Fortaleza a PM não informou a quantidade. Segundo dados do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), dois policiais e outras sete pessoas solicitaram atendimento de emergência na área. O órgão admite, no entanto, que parte dos feridos pode não ter procurado o serviço. Organização da manifestação apontou mais de 50 feridos.
Segundo a delegada titular da 16º Distrito Policial, Marília Fernandes, três pessoas foram detidas por “incitar, publicamente, a prática de crime”. Seis pessoas foram levadas ao 16º DP por apedrejarem veículos da PM. Eles foram liberados logo após.
Fonte: O Povo
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