terça-feira, 9 de julho de 2013

Juazeiro do Norte-CE: Detento encontrado morto na PIRC cumpria pena por latrocínio


09/07/2013






Demontier Tenório
O detento foi encontrado sem vida em uma das celas da Penitenciária Industrial e Regional do Cariri (Foto: Arquivo/Agência Miséria)
O detento encontrado sem vida em uma das celas da Penitenciária Industrial e Regional do Cariri (PIRC) era de Tauá. Francisco Arlenildo Rodrigues de Oliveira, 23 anos, residia na Rua 3 de maio (Bairro Alto brilhante) daquele município, e cumpria pena de 22 anos por conta de um crime de latrocínio. Ontem, o pai dele chegou à Juazeiro do Norte e foi direto para a Delegacia Regional de Polícia Civil apanhar uma guia para que o IML necropsie o corpo na manhã desta terça-feira.

O rapaz era apelidado por Salgadinho e estava sozinho em uma cela na qual teria praticado o suicídio por meio de enforcamento se utilizando de cadarços de tênis e pedaços de fio de eletricidade os quais foram encontrados no local na manhã desta segunda-feira. A forca foi amarrada na grade de ventilação do banheiro. No domingo, ele recebeu a visita de sua companheira e a informação da mesma foi que Arlenildo não demonstrava depressão.

Salgadinho era acusado de ter matado para roubar o motociclista Cícero Henrique dos Prazeres, de 27 anos, crime ocorrido no dia 22 de janeiro de 2010. Da trama, outros cinco comparsas teriam participado e a vítima foi morta com um tiro no pescoço quando retornava da escola. A esposa do motociclista viajava na garupa do veículo e presenciou tudo. Na época, o inquérito policial indiciou Arlenildo com o autor do disparo e este teve a prisão decretada pelo Juiz Edson Ponte.

Na semana passada, dez detentos que estavam recolhidos na cadeia pública de Tauá foram recambiados para a penitenciária de Juazeiro, onde Salgadinho já cumpria pena. A reportagem do Site Miséria soube por meio dos radialistas Lindon Jonhson e Wilrismar Holanda que familiares desses detentos denunciaram, através da Rádio Difusora dos Inhamuns de Tauá, que não foram comunicados sobre as transferências e cobram da Secretaria de Justiça do Ceará o retorno dos mesmos alegando que alguns já foram até espancados na PIRC de Juazeiro.

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