quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Após Sessão na Câmara, Ronnas Motos diz que não mandou matar Amarílio e Dedé


07/08/2013






Madson Vagner
Com o semblante tranqüilo, Ronnas participou dos debates e fez observações sobre a vinda do SAMU para Juazeiro; tema discutido amplamente na sessão. (Foto: Michel Dantas/Agência Miséria)















O vereador juazeirense Ronaldo Lira, conhecido como Ronnas Motos (PMDB), apontado pelo delegado Francisco Crisóstomo como autor intelectual das mortes do, também, vereador Amarílio Pequeno e do policial aposentado Dedé Teixeira (Dedé da Civil), falou nessa terça-feira (06), sobre o caso e disse que é inocente.

A declaração aconteceu após sessão ordinária da Câmara de Juazeiro, onde o vereador se comportou naturalmente como de costume. Houve especulações de que ele não compareceria a sessão, mas Ronnas se fez presente e agiu normalmente. Com o semblante tranqüilo, o vereador participou dos debates e fez observações sobre a vinda do SAMU para Juazeiro; tema discutido amplamente na sessão.

A notícia, veiculada pelo Jornal “Aqui CE”, na edição de ontem, terça-feira, caiu como uma bomba na terra do Padre Cícero. O caso que aconteceu em setembro de 2011 e, ainda, é motivo especulações relacionadas à política de doações de terrenos no município, continua sendo um desafio para a polícia que, segundo o próprio delegado Crisóstomo, já cometeu vários erros durante as investigações.

Logo após a sessão Ronnas Motos reuniu a imprensa e garantiu que não teve participação nos assassinatos e que continuava surpreso com a inclusão do seu nome no inquérito. O vereador observou que por livre e espontânea vontade foi à polícia para falar sobre o assunto, quando da primeira vez que seu nome foi mencionado.

Ronnas disse que o caso e a investigação já perderam o rumo. “Já estão na terceira acusação, envolvendo pessoas e suas famílias. Isso está se alastrando e causando muito transtorno a minha pessoa e minha família,” disse.

Sobre o acusador, Paulo Vitor Lopes, réu no caso como contratante dos executores, Ronnas disse não conhecer e jamais ter tido contato. Sobre uma ligação feita por Paulo Vitor, na frente do delegado e com telefone no viva-voz, para seu assessor que teria confirmado a versão, o vereador disse não ter assessores e que somente sua esposa atende seu celular e pode responder algo por ele.

Perguntado sobre a quem interessaria incriminá-lo, Ronnas disse que não sabe e que esta é uma pergunta que pretende ver respondida após a conclusão das investigações. Ronnas é colega de legislatura da viúva de Amarílio, a vereadora Didi de Amarílio (PPS) e disse que já conversou com a colega para tranqüilizá-la acerca da sua inocência. A vereadora Didi não quis falar sobre o assunto.

Ronnas Motos disse já ter constituído advogado e espera citação e/ou intimação para se pronunciar a Justiça mais uma vez.

Nenhum comentário: