07/08/2013
André Costa
Inexistência de coberturas e bancos, paradas expostas ao sol e chuva. (Foto: Chinês/Agência Miséria)
Inexistência de coberturas e bancos, paradas sem sinalização e expostas ao sol e chuva. Muitas são as reclamações dos juazeirenses quando se fala em transporte público; elas ‘flutuam’ entre a má qualidade dos coletivos e falta de estrutura das paradas de ônibus.
Dois meses após noticiar a condição precária das quase 150 paradas existentes em Juazeiro do Norte, o Site Miséria realizou um novo levantamento e o resultado obtido foi preocupante. Pouco ou nada fora realizado em melhoria dos pontos. É insofismável o estado de conservação comprometido, não existindo estrutura adequada para abrigar os passageiros que esperam os coletivos expostos às condições climáticas quase nunca agradáveis.
Insatisfações e cobranças dão o tom dos depoimentos daqueles que esperam - por até 15 minutos - ônibus e topiques em distintos bairros da cidade. “Qual é o político que vai se importar em melhorar o transporte público e seus acessos? Se todos andam em carros climatizados, quando não estão voando com o dinheiro dos nossos impostos”, ironiza a atendente Kelvya Dias, 29 anos.
Dois
meses após noticiar a condição precária das quase 150 paradas
existentes em Juazeiro do Norte, o Site Miséria realizou um novo
levantamento e o resultado obtido foi preocupante. (Foto: Chinês/Agência
Miséria)
Para o eletricista Cícero Menezes da Silva, este não é o único problema enfrentado pelos usuários. “O prefeito deveria olhar com bons olhos e investir na infraestrutura da cidade como um todo. A cada ano chegam novos turistas e tudo continua ruim. Ruas esburacadas e estreitas; ônibus e topiques sucateadas e as paradas nem se fala”, relata.
Concomitante a falta de estrutura e condições deteriorantes, tantas outras paradas estão indicadas tão somente por uma placa sinalizadora. Surge então o jogo de cintura de cada passageiro, buscando sombra atrás de árvores e postes.
“Tenho 56 anos e todos os dias pego dois ônibus. Faça sol ou faça chuva. Imagine então o que eu passo!”, exclama. “Fizeram umas cobertas novas, mas fica só na ‘boniteza’, a gente continua debaixo do sol”, acrescenta a diarista Maria José, queixando-se de algumas paradas reformadas, mas que não atingiram à expectativa.
A previsão de início das obras de restauração e construção é para o segundo semestre do próximo ano. De acordo com a prefeitura, um estudo técnico para avaliar a situação desses abrigos será realizado até o fim do ano e, após licitação, as obras começarão.
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