Professor da Ufal alerta que é preciso técnica para reparos do asfalto.
Prefeitura reconhece que tapa-buracos não resolve problema.
Eles estão por todos os lados. Motoristas desatentos sempre acabam
sendo vítimas dos buracos. Não é difícil escutar reclamação sobre as
vários buracos que existem em Maceió. São muitas irregularidades na via,
entre crateras, remendos de asfaltos e até massa asfáltica
sobressalente ou que afundou por conta da má qualidade do material ou
porque simplesmente não houve um estudo adequado.
Até mesmo os motoristas que prestam atenção, não conseguem desviar dos
buracos e já tiveram prejuízos. É o caso do taxista José Flaviano que já
teve um prejuízo de cerca de R$ 600 após algumas corridas pela capital.
“Cai em um buraco e rasguei dois pneus do meu carro. Outra vez tive
problemas na suspensão. Já rejeitei uma corrida porque o lugar era de
difícil acesso, a rua era muito esburacada. Tive medo de ter mais
prejuízos. Só quem sabe dos riscos é quem trafega todos os dias”,
afirma.
O motorista particular Romário Silva diz que nunca teve prejuízos com os buracos, mas revela que a situação está insuportável. “Hoje vi um rapaz que para desviar de um grande buraco bateu em um gelo baiano e rasgou o pneu do carro no Farol. Espero que a Prefeitura de Maceió tome providências e que faça um estudo detalhado de quantos veículos passam nas vias para melhorar as condições do asfalto”, reforça o motorista.
Inchaço de Maceió
Um dos problemas para que o aparecimento dos buracos é o inchaço de Maceió. De acordo com o professor especialista em pavimentação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Antônio Facchinetti, os estudos para a implantação do asfalto precisa prever a quantidade de veículos que vai passar pela pista.
“Ainda não vi esse tipo de estudo em Maceió, até porque é bem complexo. Nos últimos tempos a quantidade de veículos aumentou, mas os carros comuns não são relevantes, mas os caminhões e os ônibus. São eles que determinam o fluxo. Na hora de decidir a espessura e o tipo de asfalto é preciso saber a quantidade de veículos que vai passar no local”, afirma o professor ao ressaltar que em Maceió não há um laboratório para estudo e que no ano que vem a população poderá contar com o laboratório da Ufal.
Asfalto irregular
A equipe do G1 percorreu vários bairros de Maceió para mostrar a situação das vias encontradas pelos condutores todos os dias. Com exceção da Avenida Fernandes Lima, uma das principais vias da capital, que passou por uma restauração recentemente, todas as ruas apresentam buracos ou deformidades, como fissuras, que com o passar do tempo geram novos buracos.
Sobre as deformidades no pavimento asfálticos, o professor Antônio Facchinetti, diz que pode acontecer por erros em: projeto, construção, na seleção de materiais ou na sua dosagem, bem como na manutenção e conservação. “A manutenção é essencial para a vida útil do asfalto. Isso sem contar que é preciso impermeabilizar todo o material, o que geralmente não é feito, porque se fosse, com certeza não teríamos tanta deformidade. A sensação é de Maceió o asfalto está está esfarelado”, afirma.
Tapa-buracos
Em Maceió é comum vermos “operações Tapa-buracos”. Mas o que seria esse método? De acordo com o professor da Ufal, isso seria uma medida paliativa e que não resolve o problema. “Se for tapado de maneira correta, dura um pouco mais, mas da maneira que eu já vi sendo executado em alguns pontos da capital eles não tratam da maneira correta o buraco. O tapa-buraco consiste em cavar ainda mais o buraco, cerca de 40 centímetros para cada lado. Tem que deixar a superfície toda limpa, para depois aplicar o asfalto e passar impermeabilizante”, reforça o professor.
O secretário de Infraestrutura de Maceió Roberto Fernandes, diz que há projetos para a restauração de várias ruas, mas que é preciso esperar o período chuvoso acabar. “Como ainda está chovendo, nós estamos com medidas paliativas que é o serviço de tapa-buracos para que a situação não piore. Sabemos que isso tem um custo elevado, mas precisamos fazer tudo com calma”, afirma o secretário.
Sobre os estudos nas vias, o secretário diz ainda que a gestão anterior não fez um estudo adequado e não usou impermeabilizante no asfalto. “Fica mais complicado para consertar. Mas temos um projeto para a cada ano restaurar de 30 a 40 quilômetros de pista. Estamos arrumando o nosso laboratório para que possamos medir a qualidade dos produtos utilizados. Isso vai aumentar a durabilidade da pista”, diz Fernandes.
O secretário reconhece ainda que em alguns pontos é possível colocar os pedaços do asfaltos nas mãos. "É como se fosse farinha. E isso causa grandes prejuízos. Mas nós estamos fazendo vários levantamentos e estudos para deixar nossa cidade livre dos buracos. Nossa média é que em quatro anos não tenhamos mais tantos buracos", frisa o secretário de Infraestrutura de Maceió.
Vários buracos próximo às calçadas no bairro da Santa Lúcia (Foto: Michelle Farias/G1)
Os pedestres também sentem os reflexos dos buracos, já que em diversos
trechos, os problemas tomam conta até da calçada. Quando chove a
situação piora. Em muitos bairros da capital os buracos estão em torno
dos pontos de ônibus. Como os vários que se estendem pela principal via
da Santa Lúcia. “Como os buracos estão bem em cima do ponto de ônibus,
os motoristas precisam parar no meio da pista. Já cai várias vezes nos
buracos aqui, às vezes prefiro andar um pouco mais e esperar o coletivo
no próximo ponto”, diz o vendedor Jair de Paula.O motorista particular Romário Silva diz que nunca teve prejuízos com os buracos, mas revela que a situação está insuportável. “Hoje vi um rapaz que para desviar de um grande buraco bateu em um gelo baiano e rasgou o pneu do carro no Farol. Espero que a Prefeitura de Maceió tome providências e que faça um estudo detalhado de quantos veículos passam nas vias para melhorar as condições do asfalto”, reforça o motorista.
Motoristas precisam desviar de buracos no bairro do Poço, em Maceió (Foto: Michelle Farias/G1)
Inchaço de Maceió
Um dos problemas para que o aparecimento dos buracos é o inchaço de Maceió. De acordo com o professor especialista em pavimentação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Antônio Facchinetti, os estudos para a implantação do asfalto precisa prever a quantidade de veículos que vai passar pela pista.
“Ainda não vi esse tipo de estudo em Maceió, até porque é bem complexo. Nos últimos tempos a quantidade de veículos aumentou, mas os carros comuns não são relevantes, mas os caminhões e os ônibus. São eles que determinam o fluxo. Na hora de decidir a espessura e o tipo de asfalto é preciso saber a quantidade de veículos que vai passar no local”, afirma o professor ao ressaltar que em Maceió não há um laboratório para estudo e que no ano que vem a população poderá contar com o laboratório da Ufal.
Nesse trecho o asfalto saiu e o calçamento de paralelepipedo chega a aparecer (Foto: Michelle Farias/G1)
Ainda segundo o professor é preciso que a malha viária, ou seja, o
asfalto, passe regularmente por restauração, além dos serviços de
drenagem e manutenção de galerias. “Se toda a cadeia não estiver em
sintonia, consequentemente, irão aparecer buracos. O asfalto funciona
como uma esponja, se não for impermeabilizado de forma correta, quando
chover, o asfalto vai sugar a água e isso provoca rachaduras por dentro e
isso é um dos principais motivos para o surgimento dos buracos”,
reforça o professor.Asfalto irregular
A equipe do G1 percorreu vários bairros de Maceió para mostrar a situação das vias encontradas pelos condutores todos os dias. Com exceção da Avenida Fernandes Lima, uma das principais vias da capital, que passou por uma restauração recentemente, todas as ruas apresentam buracos ou deformidades, como fissuras, que com o passar do tempo geram novos buracos.
Na Rua Quintino Bocaiuva, em Maceió, em vários trechos o asfalto afundou (Foto: Michelle Farias/G1)
Na Rua Quintino Bocaiuva, localizada no bairro da Pajuçara, e Avenida
Maceió, em Jaraguá, as deformidades são tantas que a sensação dos
motoristas não é de estar em uma via, mas sim em alto mar. “Esse buraco
tem meses que está aberto. Ele chegou a ser tapado, mas abre cada vez
maior. Minha esposa fica enjoada quando anda pela cidade porque o
asfalto é muito irregular”, afirma o contador Manoel França que todos os
dias passa na Rua Quintino Bocaiuva.Sobre as deformidades no pavimento asfálticos, o professor Antônio Facchinetti, diz que pode acontecer por erros em: projeto, construção, na seleção de materiais ou na sua dosagem, bem como na manutenção e conservação. “A manutenção é essencial para a vida útil do asfalto. Isso sem contar que é preciso impermeabilizar todo o material, o que geralmente não é feito, porque se fosse, com certeza não teríamos tanta deformidade. A sensação é de Maceió o asfalto está está esfarelado”, afirma.
Tapa-buracos
Em Maceió é comum vermos “operações Tapa-buracos”. Mas o que seria esse método? De acordo com o professor da Ufal, isso seria uma medida paliativa e que não resolve o problema. “Se for tapado de maneira correta, dura um pouco mais, mas da maneira que eu já vi sendo executado em alguns pontos da capital eles não tratam da maneira correta o buraco. O tapa-buraco consiste em cavar ainda mais o buraco, cerca de 40 centímetros para cada lado. Tem que deixar a superfície toda limpa, para depois aplicar o asfalto e passar impermeabilizante”, reforça o professor.
O secretário de Infraestrutura de Maceió Roberto Fernandes, diz que há projetos para a restauração de várias ruas, mas que é preciso esperar o período chuvoso acabar. “Como ainda está chovendo, nós estamos com medidas paliativas que é o serviço de tapa-buracos para que a situação não piore. Sabemos que isso tem um custo elevado, mas precisamos fazer tudo com calma”, afirma o secretário.
Sobre os estudos nas vias, o secretário diz ainda que a gestão anterior não fez um estudo adequado e não usou impermeabilizante no asfalto. “Fica mais complicado para consertar. Mas temos um projeto para a cada ano restaurar de 30 a 40 quilômetros de pista. Estamos arrumando o nosso laboratório para que possamos medir a qualidade dos produtos utilizados. Isso vai aumentar a durabilidade da pista”, diz Fernandes.
O secretário reconhece ainda que em alguns pontos é possível colocar os pedaços do asfaltos nas mãos. "É como se fosse farinha. E isso causa grandes prejuízos. Mas nós estamos fazendo vários levantamentos e estudos para deixar nossa cidade livre dos buracos. Nossa média é que em quatro anos não tenhamos mais tantos buracos", frisa o secretário de Infraestrutura de Maceió.
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