No Rio de Janeiro conhecido pelos seus 40°C, tem gente procurando mais
calor para praticar exercício. Em uma sala que passa dessa temperatura e
faz suar até quem está parado, mulheres fazem posições de ioga. Chamada
bikram e também conhecida como hot, a modalidade que fisgou as atrizes
Daniele Suzuki e Bárbara Paz e até a estrela internacional Lady Gaga vem
conquistando mulheres comuns.
— O calor é algo que incomoda no início, mas tem seus benefícios: as
alunas executam as posturas com mais facilidade, além de perderem
medidas com os exercícios, já que são menos 1.200 calorias por 90
minutos de aula — explica a instrutora Roberta Amorim, que dá aula no
Bikram Yoga Rio.
Segundo ela, por causa do suor, a atividade faz também uma desintoxicação do corpo: — É como se fosse uma drenagem — completa.
A bikram pode ser praticada por qualquer pessoa. Entretanto, Roberta explica que há uma única restrição:
— Mulheres que estão esperando bebê não podem praticar, a menos que já
façam esse tipo de ioga seis meses antes de engravidar. Não é que haja
contraindicação, mas uma precaução por causa do desenvolvimento do feto.
A primeira aula é um desafio, já que é preciso se concentrar no calor,
garantido com aquecedores. Mas, superado isso, o fim é só alegria: corpo
relaxado e mente calma para encarar o estresse do dia a dia.
Conheça as histórias de mulheres que se encantaram pela hot ioga:
Ana Bugarim, atriz, 38 anos
Ana conheceu a bikram quatro anos depois de estrear na ioga. Passadas as
dificuldades iniciais, hoje ela é uma praticante avançada: “Comecei
porque tinha machucado o joelho. No início, não foi nem o calor que me
incomodou, mas foi fazer a mesma sequência em toda aula. Depois, entendi
que o propósito é se aperfeiçoar. Hoje pratico a sequência avançada, de
84 posições, ou seja, mais de duas horas no calor. Já acho estranho
praticar ioga com ar-condicionado. O calor é benéfico e dá para aguentar
bem”.
Rose Chamberlaim, nutricionista, 39 anos
A nutricionista está de férias no Brasil e, praticante da bikram, não
deixou de treinar: “Lá fora, a hot ioga é muito conhecida. Faço três
vezes por semana onde moro, em Lutun, na Inglaterra. Não deixo de fazer
nem quando estou viajando. Agora estou no Rio, de férias, e procurei um
estúdio. Aqui no Brasil ainda é novidade. O principal benefício que
sinto é que a bikram desintoxica a gente. Depois daquele suor todo, ao
sair da sala, o rosto muda, a pele fica boa”.
Kristýna Sedláková, arquiteta, 27 anos
Há três meses, a tcheca Kristýna mora no Brasil. Arquiteta em seu país,
ela encontrou na brikram um novo estilo de vida e quer ser professora
aqui: “Em Praga, trabalhava muito no computador e vi que precisava me
movimentar. Não gostei de academia nem de correr, e me encontrei na hot
ioga. Em um mês parei de sentir dores no joelho, sem contar que minha
pele ganhou brilho e eu fiquei mais concentrada para estudar. Equilibrei
corpo e mente. Não penso em voltar mais para a arquitetura”, diz.
Giulia Frota, estudante, 21 anos
A estudante ganhou oito quilos devido a uma retenção de líquido
provocada por um problema hormonal e, com poucos dias de bikram ioga, já
sente suas roupas largas e menos inchaço: “Em dez dias comecei a ver
modificações no meu corpo que remédio nenhum conseguiu resolver. Sempre
fui magrinha, fazia balé, mas ganhei uns quilos com esse problema. E a
hot une saúde e estética. As pessoas que praticam há tempos têm um corpo
lindo: sarado, sem ser grosseiro. Além disso, aprendi a respirar da
forma certa, a sossegar minha ansiedade assim”.
/extra.globo.com/
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