Vilma de Oliveira, 63, a Yá Mukumby, morta neste sábado (3) em Londrina (PR) (Foto: Reprodução/Facebook )
Um homem de 30 anos matou a mãe e três vizinhas na noite de sábado (3) em Londrina, no norte do Paraná.
Segundo a Polícia Civil, Diego Ramos Quirino é usuário de drogas e havia
sido internado no mesmo dia com um provável surto psicótico, decorrente
de síndrome de abstinência. O homem, que estava nu quando cometeu os
crimes, foi contido por moradores e acabou preso.
Uma das vítimas foi Vilma Santos de Oliveira, 63, conhecida como Yá
Mukumby, uma das mães de santo do candomblé mais conhecidas no Paraná e
referência no movimento negro no Estado.
A série de homicídios, sempre segundo a polícia, começou por volta das
22h, quando Quirino tentou agredir sua companheira, Patrícia Amorim
Dias, 19, dentro da casa da mãe dele, no Jardim Champagnat, bairro de
classe média alta.
Ao perceber que o filho tentava golpear a nora com uma faca, a mãe de
Quirino, Ariadne Benck dos Anjos, 48, tentou contê-lo e foi ferida.
Patrícia conseguiu escapar.
Por acreditar que a mulher estivesse escondida na casa de Yá Mukumby,
que era vizinha de sua mãe, Quirino pulou o muro que divide os imóveis e
matou a mãe de santo.
Ainda dentro da casa de Yá Mukumby, Quirino esfaqueou Alial de Oliveira
dos Santos, 86, mãe da mãe de santo, e Olivia Oliveira, 8, neta.
A polícia investiga se o ataque de Quirino às vizinhas teria ocorrido após Yá Mukumby ameaçar chamar a polícia para prendê-lo.
A idosa Alial Santos foi morta no quintal da casa da filha, quando
tentava fugir depois de ver sua bisneta e Yá Mukumby serem mortas.
Em 2010, a história de vida da mãe de santo foi contada no livro "Yá
Mukumby, A Vida de Vilma Santos de Oliveira", que saiu pela coleção
"Presença Negra em Londrina", da editora da UEL (Universidade Estadual
de Londrina).
Depois das quatro mortes, Quirino, que estava nu quando cometeu os
crimes, correu pelas ruas do Jardim Champagnat até entrar em um salão
onde ocorria uma festa infantil. Sua companheira, na verdade, estava
nesse lugar.
Ao tentar atacá-la novamente, Quirino foi contido pelos convidados e
seguranças da festa, que acionaram a polícia. O homem acabou preso.
SURTO
Parentes de Quirino informaram à Polícia Civil que ele havia sido levado
para um hospital ainda na tarde de sábado (3), por estar em surto
psicótico. Segundo a polícia, Quirino é usuário de drogas.
Depois de ser medicado e liberado, voltou para casa. Após tomar banho, ele começou a ficar violento e cometeu a chacina.
Na delegacia, Quirino disse apenas que cometeu os crimes "porque estava
com o bicho no corpo". Ele se reservou ao direito de ficar calado. Até a
tarde deste domingo, nenhum advogado havia sido nomeado para defender
Quirino, de acordo com a polícia.
Fonte: Folhapress
Fonte: Folhapress
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