02/08/2013
Madson Vagner
O prefeito de Caririaçu, João Marcos (PMDB), falou com exclusividade ao Site Miséria, sobre o desvio de dinheiro descoberto no Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (SEMAE).
O município, que passa por dificuldades no abastecimento de água, estava sendo lesado a, no mínimo seis meses, com desviou de dinheiro que, segundo o prefeito, levantamentos preliminares já indicam um valor de R$ 128 mil.
O prefeito disse que tomou conhecimento através da própria presidenta do SAMAE, a ex-prefeita Lúcia Vanda. E como primeiro ato, em consenso com a equipe, resolveu afastar todos que faziam parte da direção e abrir um processo administrativo para apurar a denúncia.
Para fazer as investigações, foi nomeada uma comissão para dirigir os trabalhos e, ainda, segundo o prefeito, a procuradoria do município já foi acionada para assegurar que os culpados serão denunciados para pagarem por seus atos. João Marcos destacou que a comissão terá 60 dias para apurar os fatos.
O prefeito ressaltou, ainda, que não tem nada contra nenhum membro da equipe afastada; e que não se trata de uma questão política. “Como prefeito não posso me calar,” disse. Ele ressalta que o afastamento aconteceu para dar mais tranquilidade e transparência para que o processo de apuração ocorra com tranquilidade e isenção.
Para João Marcos, num município, onde a falta de água é um problema que tira o sono tanto da gestão, quanto da população, “não se pode concordar, nem admitir uma situação como essa,” disse. Ainda sobre a descoberta, o prefeito ressaltou que houve a desconfiança depois que a arrecadação começou cair sistematicamente no decorrer dos meses.
O órgão deve passar por auditória, primeiro, dos últimos seis e depois será estendida para os oito anos da ex-administração de Caririaçu. Segundo o atual prefeito, “nos últimos oito anos não houve qualquer investimento no órgão, o que, justifica uma autarquia falida como se encontra o SEMAE”.
Para João Marcos, um dos fortes indícios de facilitação da fraude é o recebimento das contas, pagas em espécie, em um caixa colocado dentro da própria autarquia; isso totalmente sem controle do arrecadado.
João Marcos finalizou dizendo que tem interesse na apuração e que vai pedir ajuda a Câmara de Vereadores para acompanhar a investigação e que deve deixá-los à vontade para iniciar uma investigação paralela com uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
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