Revista foi realizada nesta terça (6) após denúncia de que haveria fuga.
Segundo direção, mais de 70 presos serão ouvidos em inquérito.
Pavilhão 1 de Alcaçuz foi alvo de revista feita pela PM e agentes penitenciários (Foto: Henrique Dovalle/G1)
Policiais militares do BPChoque e agentes da Penitenciária Estadual de Alcaçuz – maior unidade prisional do Rio Grande do Norte
– apreenderam nesta terça-feira (6) mais de 22 litros de cachaça, 50
facas artesanais, 10 cachimbos para o fumo de entorpecentes, 10
papelotes de maconha e crack, três 'teresas' (cordas improvisadas) e
vários chips de telefone celular de diversas operadoras escondidos
dentro de nove celas do Pavilhão 1. Segundo Dinorá Simas, diretora da
penitenciária, a revista foi realizada após denúncias de que uma fuga em
massa estaria sendo planejada pelos detentos.
Material apreendido dentro do Pavilhão 1
(Foto: Divulgação/Alcaçuz)
Alcaçuz possui outros quatro pavilhões e abriga atualmente quase mil
homens condenados pelos mais diversos crimes. “Apenas no Pavilhão 1
estão 176 detentos, todos considerados de alta periculosidade. Vamos
instaurar uma sindicância e 70 presos serão ouvidos para tentarmos
identificar os responsáveis pela entrada e posse deste material
ilícito”, afirmou Dinorá.(Foto: Divulgação/Alcaçuz)
Túnel
No dia 12 de junho, denúncias anônimas também levaram a guarda da penitenciária a realizar uma busca na unidade. Na ocasião, os agentes descobriram um túnel com aproximadamente 7 metros de comprimento escavado a partir de uma das celas do Pavilhão 3, onde são mantidos mais de 130 presos. "Seis presos custodiados na cela 10 da ala A, de onde partiu a escavação, foram removidos para o setor de isolamento e serão responsabilizados. Baldes foram encontrados dentro do buraco recolhidos pelos agentes", contou Dinorá.
Alcaçuz
A Penitenciária Estadual de Alcaçuz, localizada no município de Nísia Floresta, na Grande Natal, possui hoje 749 homens, além de outros 350 detentos que estão custodiados no Pavilhão Rogério Coutinho Madruga (Pavilhão 5), anexo da unidade. A penitenciária foi liberada para receber novos presos em outubro do ano passado, após passar dois meses interditada pela Justiça em razão da falta de estrutura física e deficiência na segurança.
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