Marcela Ohio. que ganhou o título de Miss Internacional Queen, reclama do preconceito e pretende passar 2014 na Ásia trabalhando como modelo.
Marcela Ohio foi eleita Miss Internacional Queen em novembro, na Tailândia (Foto: Marcos Serra Lima / EGO)
Quando tinha seus 5 anos, Marcela Ohio não entendia por que deveria
gostar de futebol e não de balé. Afinal, ao se olhar no espelho não se
via como um menino. Até se vestia como tal. Mas não se reconhecia. E
também não havia o que questionar. Era um garotinho e ponto.
A transição, porém, seria inevitável. Já na adolescência, ela começou a
deixar os cabelos crescerem, possuía trejeitos mais femininos e saía de
casa com roupas de mulher escondidas em uma mochila. "Não era fácil.
Porque eu não sabia o que havia de errado comigo. Aliás, nem sabia se
era errado. Me sentia uma mulher, mas dentro de um corpo masculino",
conta Marcela, que em novembro foi eleita a transexual mais bonita do
mundo e neste ensaio para o EGO conta
que quer seguir a carreira internacional como modelo: "No Brasil,
infelizmente, ainda existe tanto preconceito que não encontro espaço
para fazer uma carreira".
Marcela sonha em seguir a carreira de modelo
internacional e se inspira em Lea T
(Foto: Marcos Serra Lima / EGO)
internacional e se inspira em Lea T
(Foto: Marcos Serra Lima / EGO)
Dona do título Miss Internacional Queen, Marcela quer seguir os passos
de Lea T, também transexual, que caiu nas graças dos estilistas
internacionais. "Não tenho pai famoso como ela, fica bem mais difícil. O
que não entendo é a censura prévia. Então, uma trans não pode ser
médica, psicóloga, advogada? Tem que ser cabeleireira, estilista ou
prostituta? Não que haja problemas com estas profissões, mas não pode
ser só isso. Realmente, vivemos em um país muito hipócrita", desabafa.
Marcela conheceu e ainda conhece o preconceito. Na escola, mesmo já de
uniforme feminino, após os pais terem aceitado seu transexualismo,
escutava alguns professores a chamando pelo nome de batismo, Marcos:
"Faziam questão de me botar no banheiro masculino, de incentivar outros
alunos a me chamarem de Marcão. Sofria calada para não chamar mais a
atenção do que já chamava", revela.
Hoje, a modelo sabe que em breve se submeterá à cirurgia para a mudança
de sexo. Poderia ter feito assim que venceu o concurso já que fazia
parte da premiação, mas preferiu aguardar um pouco mais. "Existem
médicos e médicos. Resolvi pesquisar um pouco mais, ouvir alguns relatos
e vou fazer a cirurgia ano que vem", conta ela, que não titubeou nem
com o que andou lendo ou ouvindo por aí: "Dizem que dói muito, que nunca
mais sentirei prazer. Mas estou disposta. Não é questão de prazer ou
não. É questão de retirar algo que não me pertence e nunca quis ter".
Marcela conta que vai fazer em breve a cirurgia
para a mudança de sexo
(Foto: Marcos Serra Lima / EGO)
para a mudança de sexo
(Foto: Marcos Serra Lima / EGO)
Em breve, Marcela retorna à Tailândia, onde aconteceu o concurso e
tornou-se uma celebridade, para participar de eventos como miss e tentar
alavancar uma carreira de modelo internacional. "Já recebi alguns
convites. No Japão, as transexuais também são bem vistas, e o que quero é
poder desfilar, fotografar. Quero a oportunidade que qualquer modelo
tem. Até de levar um não por não estar de acordo com determinado
casting. Mas não por ser uma transex", justifica.
Caso aceite as propostas que aparaceram, Marcela, de 18 anos e 1,80m de
altura, ficará um ano fora do Brasil. Consequentemente, deixará o
namorado, Felipe Ávilla, com quem mora há cinco meses, por estas bandas.
"Conversamos muito, o Felipe é meu companheiro e me incentiva na
carreira. Se tivermos que ficar separados, paciência. Preciso focar no
meu futuro, na carreira que escolhi e quero ter", diz.
Agradecimento Pereira Máquinas / Produção Tracy Rato/ Maquiagem e cabelo Alexandre Glória
Aos 18 anos, a miss vai voltar à Ásia em 2014 (Foto: Marcos Serra Lima / EGO)
HOMEM É PERSEGUIDO E MORTO E UMA SEGUNDA PESSOA SAI BALEADA NA PORTA DE CASA
Após perseguição um homem aparentando ter 35 a 40 anos foi executado na
Vila Tanque na ilha Bispo e a outra vítima moradora da vila pela segunda
vez foi atingido por bala perdida quando estava em frente a sua casa na
noite deste Domingo (22)
Segunda
informação policial VTR 5361 1º BPM Sargento Walter Veríssimo, a vítima
foi executada após uma perseguição de um elemento que chegou efetuando
os disparos na vítima no local do crime a Lei do silêncio prevalecer. A
Vítima morador Joedson Moreira Macedo foi alvejado com disparo no pé, e
foi socorrido pela unidade do SAMU para hospital de emergência e trauma
Senador Humberto Lucena na capital com estado saúde regular.
Fonte: Bayeux Jovem
De dentro da Papuda, ex-deputado Valdemar Costa Neto comanda o PR
Valdemar, preso desde 5 de dezembro na Papuda: político se preparou para
continuar dando as ordens no PR, mesmo atrás das grades (Foto: Monique
Renne/Correio Braziliense)
Mesmo preso no Complexo da Papuda desde 5 de dezembro, o ex-deputado
Valdemar Costa Neto (PR-SP), condenado a sete anos e 10 meses de prisão
no processo do mensalão, continua dando as ordens no Partido da
República (PR). A legenda é aliada do governo Dilma Rousseff (PT) e
comanda o Ministério dos Transportes. Na semana passada, Valdemar teve
uma reunião na cadeia com o secretário-geral da legenda e seu homem de
confiança, o senador Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP). De dentro da
prisão, traça metas para eleger uma bancada de 40 deputados nas próximas
eleições, conjectura alianças nos estados e faz sondagem de potenciais
candidatos com possibilidade de votações expressivas.
Ao ser questionado, o senador Antônio Carlos Rodrigues, que ocupou a vaga deixada por Marta Suplicy (PT-SP) quando a petista assumiu o Ministério da Cultura, confirmou, na primeira conversa por telefone com o Correio, que ele ainda tem ascendência no partido. “Sem dúvida alguma. Não é por ele se encontrar nessa situação que iremos desprezá-lo”, justificou. Depois, no segundo contato com a reportagem, mudou o tom. O parlamentar, escolhido estrategicamente por Valdemar para conduzir as decisões da sigla, fez questão de salientar que ele já repassou o comando do partido. “O Valdemar se afastou do partido. Ele está estudando, fazendo um curso na prisão. Fiz uma visita particular. Ele é meu amigo”, ressaltou.
Consciente de que não escaparia da condenação imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o político preparou o PR para continuar sob o seu controle enquanto estiver privado de liberdade. Na presidência do partido, colocou o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, que perdeu o cargo após denúncias de corrupção.
Um parlamentar do PR, ouvido reservadamente, confirma a influência do ex-deputado. Alega que o ex-presidente do PR está enfraquecido pelas circunstâncias que o cercam, mas diz que as decisões políticas que moldam o caminho do partido continuam sendo suas. De acordo com ele, de dentro da cadeia, Valdemar orienta os correligionários por meio do senador Antônio Carlos em relação a alianças e candidaturas em 2014.
Ele salienta que o ex-presidente do PR é uma figura muito querida na legenda, que sempre conversou muito com a bancada e que, por isso, continua exercendo uma liderança política natural dentro da sigla. “Ele se preparou para a prisão, mas, antes disso, preparou o partido para este momento. Da prisão, ele pensa e repassa as estratégias para as próximas eleições.”
O acordo para fechar o nome do deputado Bernardo Santana (PR-MG) como novo líder da sigla na Câmara, por exemplo, foi costurado por Valdemar antes de ser preso. O parlamentar assume o posto no fim de fevereiro. Além de dois advogados, Antonio Carlos Rodrigues é único político escolhido como porta-voz informal do partido. O atual líder do PR na Câmara, Anthony Garotinho (RJ), tentou ir a Papuda para um encontro com Valdemar, mas foi barrado. “Liguei para a secretária dele. Queria ir visitá-lo, mas tive a informação de que ele só estava recebendo os advogados. Acho estranho que ele tenha recebido o Antônio Carlos.”
Garotinho afirmou que Valdemar fez uma reunião após a condenação para informar os novos rumos do partido em virtude de sua prisão. “Estive nesta reunião e ele afirmou que estava passando o comando do partido, o que ele já vinha fazendo desde que teve esse problema.”
EscândaloAcusado de envolvimento no escândalo do mensalão, Valdemar renunciou pela primeira vez a um mandato de deputado federal em agosto de 2005. Disse que o dinheiro recebido do PT era para ser utilizado na campanha eleitoral e não para fazer com que deputados votassem de acordo com o que determinava o governo Lula. Com o fim da primeira parte do julgamento do mensalão, ele foi condenado inicialmente em regime semiaberto por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Após a primeira renúncia, foi eleito novamente para a Câmara em 2006 e reeleito em 2010. O político deixou o cargo no mesmo dia em que o presidente do STF, Joaquim Barbosa, determinou a prisão na Papuda. A carta de renúncia foi lida em plenário pelo deputado Luciano Castro (PR-RR). “Ainda que a Constituição garanta a este parlamentar o direito ao exercício do mandato até o fim do processo de cassação, não cogito impor ao parlamento a oportunidade de mais um constrangimento.” Costa Neto era presidente do Partido Liberal (PL) na época do mensalão e foi acusado de receber mais de R$ 8 milhões do esquema em troca de apoio do partido ao Congresso.
Fonte: Correio Brasiliense
Ao ser questionado, o senador Antônio Carlos Rodrigues, que ocupou a vaga deixada por Marta Suplicy (PT-SP) quando a petista assumiu o Ministério da Cultura, confirmou, na primeira conversa por telefone com o Correio, que ele ainda tem ascendência no partido. “Sem dúvida alguma. Não é por ele se encontrar nessa situação que iremos desprezá-lo”, justificou. Depois, no segundo contato com a reportagem, mudou o tom. O parlamentar, escolhido estrategicamente por Valdemar para conduzir as decisões da sigla, fez questão de salientar que ele já repassou o comando do partido. “O Valdemar se afastou do partido. Ele está estudando, fazendo um curso na prisão. Fiz uma visita particular. Ele é meu amigo”, ressaltou.
Consciente de que não escaparia da condenação imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o político preparou o PR para continuar sob o seu controle enquanto estiver privado de liberdade. Na presidência do partido, colocou o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, que perdeu o cargo após denúncias de corrupção.
Um parlamentar do PR, ouvido reservadamente, confirma a influência do ex-deputado. Alega que o ex-presidente do PR está enfraquecido pelas circunstâncias que o cercam, mas diz que as decisões políticas que moldam o caminho do partido continuam sendo suas. De acordo com ele, de dentro da cadeia, Valdemar orienta os correligionários por meio do senador Antônio Carlos em relação a alianças e candidaturas em 2014.
Ele salienta que o ex-presidente do PR é uma figura muito querida na legenda, que sempre conversou muito com a bancada e que, por isso, continua exercendo uma liderança política natural dentro da sigla. “Ele se preparou para a prisão, mas, antes disso, preparou o partido para este momento. Da prisão, ele pensa e repassa as estratégias para as próximas eleições.”
O acordo para fechar o nome do deputado Bernardo Santana (PR-MG) como novo líder da sigla na Câmara, por exemplo, foi costurado por Valdemar antes de ser preso. O parlamentar assume o posto no fim de fevereiro. Além de dois advogados, Antonio Carlos Rodrigues é único político escolhido como porta-voz informal do partido. O atual líder do PR na Câmara, Anthony Garotinho (RJ), tentou ir a Papuda para um encontro com Valdemar, mas foi barrado. “Liguei para a secretária dele. Queria ir visitá-lo, mas tive a informação de que ele só estava recebendo os advogados. Acho estranho que ele tenha recebido o Antônio Carlos.”
Garotinho afirmou que Valdemar fez uma reunião após a condenação para informar os novos rumos do partido em virtude de sua prisão. “Estive nesta reunião e ele afirmou que estava passando o comando do partido, o que ele já vinha fazendo desde que teve esse problema.”
EscândaloAcusado de envolvimento no escândalo do mensalão, Valdemar renunciou pela primeira vez a um mandato de deputado federal em agosto de 2005. Disse que o dinheiro recebido do PT era para ser utilizado na campanha eleitoral e não para fazer com que deputados votassem de acordo com o que determinava o governo Lula. Com o fim da primeira parte do julgamento do mensalão, ele foi condenado inicialmente em regime semiaberto por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Após a primeira renúncia, foi eleito novamente para a Câmara em 2006 e reeleito em 2010. O político deixou o cargo no mesmo dia em que o presidente do STF, Joaquim Barbosa, determinou a prisão na Papuda. A carta de renúncia foi lida em plenário pelo deputado Luciano Castro (PR-RR). “Ainda que a Constituição garanta a este parlamentar o direito ao exercício do mandato até o fim do processo de cassação, não cogito impor ao parlamento a oportunidade de mais um constrangimento.” Costa Neto era presidente do Partido Liberal (PL) na época do mensalão e foi acusado de receber mais de R$ 8 milhões do esquema em troca de apoio do partido ao Congresso.
Fonte: Correio Brasiliense
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