terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Em Porto Velho, lixo boia sobre água que inunda ruas da capital

Atualizado em 18/02/2014 13h55

Coleta está comprometida porque máquinas não chegam em algumas áreas.
Semusb intensificou coleta em locais onde vítimas foram abrigadas.

Suzi Rocha Do G1 RO

Lixo acumulado em bairros atingidos por enchente em Porto Velho (Foto: Assem Neto/G1)Lixo acumulado em bairros atingidos por enchente em Porto Velho (Foto: Assem Neto/G1)
Com a cheia do Rio Madeira, muito lixo boiando sobre a água acumulada nas ruas das áreas mais atingidas, na região central de Porto Velho. As famílias que foram obrigadas a abandonar suas casas não produzem mais o lixo doméstico, mas, com a cheia, o entulho que sai dos quintais e terrenos baldios vão parar em bueiros e bocas de lobo, que não permitem o escoamento livre da água.
A Secretaria Municipal de Serviços Básicos (Semusb) afirma que realizou, no início da alagação, há cerca de uma semana, um trabalho de retirada do lixo acumulado nas imediações da Feira do Produtor, na Avenida Rogério Weber, e em outros pontos dos bairros Cai N´água e Triângulo, mas que nos últimos dias, com as áreas mais críticas tomadas pela água, o trabalho foi suspenso e a rota de coleta reduzida. Segundo o secretário Ricardo Fávaro, o rio está trazendo lixo de diversas áreas e as máquinas não conseguem mais ter acesso a determinados locais.

“Toneladas de lixo são despejadas por mês nas ruas da cidade, e nesta época de chuvas intensas a população sofre ainda mais as consequências por despejar lixo nas ruas e terrenos. Nos últimos dias só conseguimos recolher o que fica na beira do asfalto, pois realmente as máquinas não têm mais acesso a algumas regiões”, disse Fávaro.
O secretário afirma ainda que a coleta de lixo está sendo reforçada em locais que estão servindo de abrigo para as famílias – escolas e paróquias - e que apesar da rota de coleta ter sido reduzida, as equipes trabalharam no último final de semana, até às 22h, resgatando vítimas e levando doações aos desabrigados.
Uma força tarefa foi montada pelas secretarias municipais e estaduais, na tentativa de socorrer as famílias e dar suporte no transporte de mudanças, além de arrecadações de alimentos, roupas, água, materiais de higiene e outros produtos de necessidades básicas para as vítimas. O secretário municipal de serviços básicos diz que "quando o nível do rio baixar é que deverá aparecer mais entulho e lixo nas ruas", e que a Semusb estará preparada para intensificar os trabalhos de coleta.

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