Érika Passarelli é acusada de planejar a morte do pai para receber cerca
de R$ 1,2 milhão em apólices de seguro (Foto: Renata Caldeira/TJMG)
A ex-estudante de direito Érika Passarelli foi condenada a 17 anos de
prisão, em regime fechado, por planejar a morte do pai, em agosto de
2010. A decisão judicial foi anunciada na madrugada desta terça-feira
(11) no Fórum Edmundo Lins, em Itabirito, na Região Central de Minas
Gerais.
O homem foi encontrado morto com três tiros na cabeça dentro de um carro, em uma estrada da cidade. Ele seria esteliontário e teria planejado um golpe contra seguradoras, em que a filha seria beneficiária. O plano dos dois seria forjar a morte dele e dividir o dinheiro, mas uma briga teria levado Érika a mandar matar o pai.
Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público, a morte foi motivada pela intenção de resgatar R$ 1,2 milhão em seguros contratados pela vítima. Outros dois réus respondem por envolvimento no crime e vão ser julgados posteriormente. O crime teria sido executado pelo namorado da estudante e pelo sogro dela, que era cabo da Polícia Militar.
O homem foi encontrado morto com três tiros na cabeça dentro de um carro, em uma estrada da cidade. Ele seria esteliontário e teria planejado um golpe contra seguradoras, em que a filha seria beneficiária. O plano dos dois seria forjar a morte dele e dividir o dinheiro, mas uma briga teria levado Érika a mandar matar o pai.
Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público, a morte foi motivada pela intenção de resgatar R$ 1,2 milhão em seguros contratados pela vítima. Outros dois réus respondem por envolvimento no crime e vão ser julgados posteriormente. O crime teria sido executado pelo namorado da estudante e pelo sogro dela, que era cabo da Polícia Militar.
No início do julgamento, três testemunhas de defesa foram ouvidas. O
corretor que fez o seguro de vida do pai de Érika, o padastro dela e um
amigo da familia. Diante de sete jurados, sendo quatro homens e três
mulheres, a defesa tentou desqualificar a investigação policial e
demonstrar que a ex-estudante de direito tinha um bom relacionamento com
o pai e que ele tinha muitos inimigos.
Durante o interrogatório, ela negou todas as acusações e se recusou a
responder as perguntas do Ministério Público. O depoimento da Érika
durou pouco mais de três horas e chegou a ser interrompido pelo juiz que
a orientou a não se comunicar com os familiares e nem com plateia. Os
debates, que são a fase conclusiva do julgamento, começaram às 22h30
desta segunda-feira (10) e se estenderam até a madrugada.
O promotor argumentou pela participação da ré como mandante da morte do
pai. Já a defesa conduziu o debate na tentativa de convencer os jurados
de que não haviam provas suficientes para a condenação.
Depois de 17 horas de julgamento, os jurados decidiram pela condenação. A defesa entrou com um recurso de apelação e vai aguardar a decisão do Tribunal de Justiça sobre a realização de um novo julgamento.
Ao fim da sessão, Érika voltou a vestir o uniforme e foi conduzida para a Penitenciária Feminina Estêvão Pinto, em Belo Horizonte, onde permanece presa.
Fonte: G1
Depois de 17 horas de julgamento, os jurados decidiram pela condenação. A defesa entrou com um recurso de apelação e vai aguardar a decisão do Tribunal de Justiça sobre a realização de um novo julgamento.
Ao fim da sessão, Érika voltou a vestir o uniforme e foi conduzida para a Penitenciária Feminina Estêvão Pinto, em Belo Horizonte, onde permanece presa.
Fonte: G1
Imprudência gera 80 mil infrações nas BRs do Ceará
Nas BRs que cortam o Estado, conforme a PRF-CE, as ultrapassagens
proibidas, a não utilização de equipamentos de segurança e a ausência de
habilitação para conduzir estão no topo da lista de delitos constados
(Foto: Natasha Mota)
Quando se fala em imprudência no trânsito, embora o foco das atenções da
sociedade e do poder público esteja voltado para os acidentes causados
por embriaguez ao volante, outras infrações de grande potencial de risco
estão passando despercebidas pelos motoristas. Nas BRs que cortam o
Estado, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal do Ceará (PRF-CE), as
ultrapassagens proibidas, a não utilização de equipamentos de segurança
e a ausência de habilitação para conduzir estão no topo da lista de
delitos constados.
No ano passado, conforme o balanço do órgão, a porcentagem de motoristas autuados e presos por violarem a Lei Seca apresentou leve redução em relação a 2012. Em 2013, 2% dos testes de bafômetro realizados nas rodovias federais resultaram em autuações e 0,8% em prisões. Já no ano anterior, as estatísticas equivaliam, respectivamente, a 3,5% e 1,2%.
A queda mostra que os condutores, enfim, estão se conscientizando sobre a obrigatoriedade e a necessidade de dirigirem sóbrios. Entretanto, a mesma preocupação não é vista diante de outros pontos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Das 80.526 infrações registradas pela PRF-CE em 2013, 9.040 consistiram em ultrapassagens irregulares, sendo o principal desrespeito. Os motoristas sem habilitação chegaram a 5.004, e os que não utilizavam cinto de segurança totalizaram 3.873.
Multas defasadas"Como o condutor se foca muito na questão da alcoolemia, talvez ele acredite que outras infrações de conduta e a falta de documentação não sejam tão graves", afirma o chefe de policiamento do órgão, Karlos Derickson.
Segundo ele, a imprudência dos motoristas é favorecida pelos valores das multas cobradas nos outros tipos de delitos, geralmente menores que a punição relativa à Lei Seca. Enquanto a pena por embriaguez ao volante é de R$ 1.915,30, uma infração como a ultrapassagem proibida, considerada gravíssima pelo CTB, recebe multa de apenas R$ 191,54. Já as punições destinadas aos condutores sem habilitação e aqueles que não utilizam cinto de segurança são iguais a R$ 574,62 e R$ 127,69, na devida ordem.
Para Derickson, há certa defasagem nos valores, o que está alterando a percepção dos motoristas sobre a seriedade das infrações. "As multas não refletem a gravidade delas. O valor vai se defasando ao longo dos anos. Como os salários são reajustados, o impacto do custo da notificação para os motoristas vai diminuindo. Quando a infração é leve, por exemplo, alguns nem ligam para o preço. Se esse valor aumentasse, como aconteceu na Lei Seca, acredito que levaria uma redução significativa do número de delitos", destaca.
Embora não sejam tão temidas pelos motoristas, Derickson explica que violações desse tipo possuem alto potencial de risco. De acordo com os dados da PRF-CE, a ultrapassagem proibida foi a principal causa de acidentes com morte no Estado, em 2013. Na maioria das vezes, as consequências da transgressão são colisões frontais ou atropelamentos de pessoas, que corresponderam a 123 ocorrências, quase 60% dos acidentes com vítimas fatais.
No ano passado, conforme o balanço do órgão, a porcentagem de motoristas autuados e presos por violarem a Lei Seca apresentou leve redução em relação a 2012. Em 2013, 2% dos testes de bafômetro realizados nas rodovias federais resultaram em autuações e 0,8% em prisões. Já no ano anterior, as estatísticas equivaliam, respectivamente, a 3,5% e 1,2%.
A queda mostra que os condutores, enfim, estão se conscientizando sobre a obrigatoriedade e a necessidade de dirigirem sóbrios. Entretanto, a mesma preocupação não é vista diante de outros pontos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Das 80.526 infrações registradas pela PRF-CE em 2013, 9.040 consistiram em ultrapassagens irregulares, sendo o principal desrespeito. Os motoristas sem habilitação chegaram a 5.004, e os que não utilizavam cinto de segurança totalizaram 3.873.
Multas defasadas"Como o condutor se foca muito na questão da alcoolemia, talvez ele acredite que outras infrações de conduta e a falta de documentação não sejam tão graves", afirma o chefe de policiamento do órgão, Karlos Derickson.
Segundo ele, a imprudência dos motoristas é favorecida pelos valores das multas cobradas nos outros tipos de delitos, geralmente menores que a punição relativa à Lei Seca. Enquanto a pena por embriaguez ao volante é de R$ 1.915,30, uma infração como a ultrapassagem proibida, considerada gravíssima pelo CTB, recebe multa de apenas R$ 191,54. Já as punições destinadas aos condutores sem habilitação e aqueles que não utilizam cinto de segurança são iguais a R$ 574,62 e R$ 127,69, na devida ordem.
Para Derickson, há certa defasagem nos valores, o que está alterando a percepção dos motoristas sobre a seriedade das infrações. "As multas não refletem a gravidade delas. O valor vai se defasando ao longo dos anos. Como os salários são reajustados, o impacto do custo da notificação para os motoristas vai diminuindo. Quando a infração é leve, por exemplo, alguns nem ligam para o preço. Se esse valor aumentasse, como aconteceu na Lei Seca, acredito que levaria uma redução significativa do número de delitos", destaca.
Embora não sejam tão temidas pelos motoristas, Derickson explica que violações desse tipo possuem alto potencial de risco. De acordo com os dados da PRF-CE, a ultrapassagem proibida foi a principal causa de acidentes com morte no Estado, em 2013. Na maioria das vezes, as consequências da transgressão são colisões frontais ou atropelamentos de pessoas, que corresponderam a 123 ocorrências, quase 60% dos acidentes com vítimas fatais.
Risco"A
pessoa que dirige sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação) também
corre risco muito alto, principalmente os motociclistas. Às vezes são
jovens, menores de idade, que acham que têm experiência, mas não possuem
noções de direção defensiva e não respeitam outras leis por falta de
conhecimento. É uma infração perigosa", ressalta Karlos Derickson.
Conforme o chefe de policiamento da PRF-CE, para tentar coibir tais práticas, o órgão atua 24 horas por dia na fiscalização com viaturas nas BRs e realiza operações especiais em feriados e períodos do ano com maior movimentação nas rodovias.
Acidentes nas BRs sofrem aumentoO balanço da Polícia Rodoviária Federal do Ceará também revelou que, entre 2012 e 2013, o número de acidentes nas rodovias federais que passam pelo Estado aumentou, crescendo de 3.754 para 3.986. As BRs 116 e 222 concentraram a grande maioria das ocorrências, registrando 1.749 e 1.431 acidentes, respectivamente.
Os episódios mais comuns foram as colisões traseiras (1.158) e as colisões laterais (784). Quase metade dos acidentes (1.239) envolveram pessoas na faixa etária de 25 a 30 anos de idade.
A quantidade de vítimas fatais, contudo, diminuiu durante o ano passado. Em 2012, 241 pessoas perderam as vidas nas estradas, enquanto 2013 registrou o total de 234 mortes. Além disso, os acidentes que mais resultaram em vítimas fatais foram as colisões frontais e os atropelamentos.
Em relação à Lei Seca, o número de testes de etilômetro realizados nas rodovias dobrou, passando de 19.025 em 2012 para 38.598 no ano passado. Por conta disso, as autuações e prisões também cresceram.
PresosEm 2012, 661pessoas foram autuadas. Já em 2013, esse número subiu para 871. Os motoristas presos por conta das infrações totalizaram 233 em 2012, contra 324 em 2013.
Fonte: Diário do Nordeste
Conforme o chefe de policiamento da PRF-CE, para tentar coibir tais práticas, o órgão atua 24 horas por dia na fiscalização com viaturas nas BRs e realiza operações especiais em feriados e períodos do ano com maior movimentação nas rodovias.
Acidentes nas BRs sofrem aumentoO balanço da Polícia Rodoviária Federal do Ceará também revelou que, entre 2012 e 2013, o número de acidentes nas rodovias federais que passam pelo Estado aumentou, crescendo de 3.754 para 3.986. As BRs 116 e 222 concentraram a grande maioria das ocorrências, registrando 1.749 e 1.431 acidentes, respectivamente.
Os episódios mais comuns foram as colisões traseiras (1.158) e as colisões laterais (784). Quase metade dos acidentes (1.239) envolveram pessoas na faixa etária de 25 a 30 anos de idade.
A quantidade de vítimas fatais, contudo, diminuiu durante o ano passado. Em 2012, 241 pessoas perderam as vidas nas estradas, enquanto 2013 registrou o total de 234 mortes. Além disso, os acidentes que mais resultaram em vítimas fatais foram as colisões frontais e os atropelamentos.
Em relação à Lei Seca, o número de testes de etilômetro realizados nas rodovias dobrou, passando de 19.025 em 2012 para 38.598 no ano passado. Por conta disso, as autuações e prisões também cresceram.
PresosEm 2012, 661pessoas foram autuadas. Já em 2013, esse número subiu para 871. Os motoristas presos por conta das infrações totalizaram 233 em 2012, contra 324 em 2013.
Fonte: Diário do Nordeste
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