Há dez anos, Marcela Queiroz ganhou fama nacional como a primeira mãe a
entrar na casa do “BBB”. De temperamento forte, protagonizou um dos
maiores barracos da história do reality show ao brigar com a ex-sister
Sol na quarta edição do programa. E emocionou o público ao receber a
visita da filha, Bruna, então com 9 anos. Hoje, completamente repaginada
e mãe também de Felipe, de 5 anos, Mama está de volta e mostrando que
aos 35 continua colocando muita menininha no chinelo. Tem dúvida?
Toda essa beleza, garante a gata, é resultado de uma realização
profissional conquistada há dois anos. Empresária bem sucedida no ramo
da beleza, Marcela tem uma concessão de máquinas de bronzeamento
espalhados por toda Curitiba e região.
“Quando eu sai do ‘BBB’, recebi várias propostas para ficar no Rio, mas
eu tinha uma filha pequena e nunca quis ser artista. Decidi, então,
voltar para o anonimato da minha cidade e focar no meu objetivo. Hoje,
sou muito feliz e não sinto falta da fama,”, garante.
As mudanças também vieram internamente. Recém-separada, após um
casamento de dez anos, Marcela Mama diz que aprendeu com o tempo a
respirar fundo e ser menos explosiva nos momentos de tensão. Seu único
arrependimento, porém, é com algo que aconteceu fora da “BBB”.
“Se eu pudesse voltar ao tempo, não teria feito o ensaio nu para a
revista ‘Sexy’. Essa é uma passagem da minha vida em que eu me
arrependo. Hoje, mais madura e mais experiente, eu não faria de jeito
algum”.
Produção:
Rita Moreno / Beleza: Priscila Lima / Fotos: Roberto Moreyra / Mama
veste: Ao Mundo Teatral, Tanga Brazil, acessórios Fiszpan e Acquaclub.
extra.globo.com/tv-
Caio Silva de Souza afirma em entrevista que acendeu rojão que matou cinegrafista
RIO - Caio Silva de Souza, suspeito de acender o rojão que matou o
cinegrafista da Rede Bandeirantes Santiago Ilídio de Andrade, confirmou
em entrevista à jornalista Beth Lucchesi, no telejornal RJTV, da TV
Globo, que acendeu o artefato. Ele disse, no entanto, que não sabia que
se tratava de um rojão, mas de um 'cabeção- de-nego':
- Acendi sim. Nem sabia que aquilo era um rojão - falou o rapaz.
Caio disse ainda que fugiu do Rio por que estava com medo de ser morto.
Quando perguntado de quem ele estaria com medo, Caio não deu detalhes,
mas citou 'pessoas envolvidas nas manifestações':
- Eu fiquei com medo de me matarem, de verdade - disse Caio, que completou: - pessoas envolvidas nas manifestações.
Caio chegou às 9h35m desta quarta-feira à Cidade da Polícia, no
Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, acompanhado do advogado Jonas Tadeu
Nunes. Ele foi escoltado direto para a carceragem antes de prestar
depoimento. Em seguida ele será encaminhado ao IML para fazer exame de
corpo de delito. O rapaz deverá ser levado para Cadeia Pública Juíza
Patrícia Acioli, em São Gonçalo, onde é feita a triagem para entrada do
preso no sistema penitenciário.
Caio chegou ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador,
pouco antes das 9h e foi algemado e levado para a delegacia em um Logan
prata, sob escolta da Polícia Civil e da Polícia Federal. Ele foi
cercado e encontrado por volta das 2h (3h no horário de Brasília) em uma
pousada perto da rodoviária de Feira de Santana, a cerca de cem
quilômetros de Salvador. Ele estaria fugindo para a casa de parentes, em
Ipu, no Ceará. Segundo a polícia, Caio não reagiu ao ser preso.
A prisão foi efetuada pelo delegado que investiga o caso, Maurício
Luciano de Almeida e Silva, da Polícia Civil do Rio, que estava
acompanhado do advogado de Caio, Jonas Tadeu Nunes, que também defende
outro envolvido no caso, Fábio Raposo, que está preso no Rio.
O chefe de Polícia Civil do Rio, delegado Fernando Veloso, disse, no
início da manhã desta quarta-feira, que a polícia tem provas de que Caio
Silva de Souza participou de outros atos de violência durante
manifestações no Rio:
- As imagens coletadas pela polícia em manifestações comprovam de forma
efetiva que o rapaz que soltou o rojão participou de outros atos com
emprego de violência - afirmou Veloso.
Segundo o chefe de Polícia, os agentes da 17ª DP (São Cristóvão) estavam
monitorando os passos de Caio mas os planos foram mudados na última
hora:
- Estávamos preparados para prendê-lo em outra cidade, mas os planos
foram mudados na última hora com a intervenção do advogado de Caio. Ele
pretendia se refugiar na casa do avô, no Ceará.
Segundo o delegado Maurício Luciano, Caio foi indiciado por homicídio
doloso com agravante do uso de artefato explosivo e explosão.
- A polícia da Bahia foi acionada e nos ajudou na prisão - disse Fernando Veloso.
O advogado de Caio, Jonas Tadeu, disse que convenceu o auxiliar de serviços gerais a se entregar.
- Ele não foi preso, foi convencido a se apresentar à polícia. Estava
conversando com ele desde a manhã desta terça e, depois que a prisão
temporária foi decretada, eu o convenci a interromper a viagem e se
entregar à polícia.
Jonas afirmou que seus clientes não são black blocs:
- Eles não pertencem a grupo nenhum. Caio é um jovem miserável
financeiramente, de baixo discernimento e com ideais de uma sociedade
melhor. Os dois, Caio e Fábio, são jovens aliciados, manipulados. Eles
foram municiados com o rojão - disse o advogado, não revelando, porém,
quem aliciou os jovens.
Jonas disse que conversou longamente com Caio por telefone e antes da
prisão. Afirmou que ele não tinha a menor noção do risco de soltar o
rojão:
- Foi um ato de irresponsabilidade, não houve reflexão. Ele não sabia
que aquele artefato era um rojão. Achou que era um outro tipo de
artefato. Queria apenas fazer barulho, confusão. Jamais poderia imaginar
que poderia causar uma lesão, muito menos letal. Foi um ato de
negligência, de irresponsabilidade.
Quando foi preso numa pensão de Feira de Santana, Caio pouco falou.
Estava abatido e só conversou com os policiais na delegacia. Ele
embarcou às 7h no Aeroporto Luiz Eduardo Magalhães com destino ao Rio.
O Disque-Denúncia tinha divulgado um cartaz pedindo informações sobre o
paradeiro de Souza, que tem 23 anos e é auxiliar de serviços gerais em
uma empresa prestadora de serviço do Hospital Rocha Faria, em Campo
Grande, Zona Oeste do Rio.
O cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Ilídio Andrade gravava
imagens de uma manifestação contra o aumento das passagens de ônibus no
Centro do Rio, na quinta-feira, quando foi atingido na cabeça pelo
rojão. Ele teve morte cerebral na segunda-feira, depois de passar quatro
dias em coma no Hospital Souza Aguiar. Os órgãos de Santiafo foram
doados.
A prisão de Caio foi decretada na noite de segunda-feira, mas o rapaz
não foi encontrado em sua casa, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, nem
no hospital, onde trabalha como porteiro. No dia do protesto, na última
quinta, Caio estava de folga. O acusado tem duas passagens pela
polícia, como envolvido em ocorrências de tráfico de drogas: uma na 53ª
DP (Mesquita) e outra na 56ª DP (Comendador Soares), mas não tem
anotações criminais. Ambos os casos são de 2010. Num deles, policiais
militares encontraram num terreno perto de onde ele estava uma certa
quantidade de cocaína e de crack. Segundo a assessoria da Polícia Civil,
a participação dele no crime não ficou comprovada. Após prestar
depoimento, o rapaz foi liberado. Há outros dois registros na polícia em
que Caio aparece como vítima de agressão: um feito em 2008; o outro, no
ano passado, quando ele disse ter sido agredido durante um protesto.
Na manhã de terça-feira, a polícia divulgou a foto do acusado. À tarde, o
mesmo foi feito com outra imagem. A identificação foi possível com a
ajuda do tatuador Fábio Raposo, de 22 anos, preso no domingo, acusado de
ter passado o rojão para Caio. Fábio deu a seu advogado, Jonas Tadeu
Nunes, o nome de um rapaz que teria revelado a identidade de Caio. Com
isso, a defesa do tatuador espera que o preso receba o benefício da
delação premiada.
/extra.globo.com/casos-
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