André Costa
Após o fim da chuva de 53 milímetros que caiu sob Juazeiro
do Norte durante a madrugada e manhã desta segunda-feira, a população
pôde perceber os estragos causados. Apesar do baixo volume (em
Penaforte, por exemplo, choveu quase duas vezes mais), a cidade
mostrou-se despreparada. Bueiros entupiram; lixo e pedras invadiram ruas
e avenidas e córregos transbordaram.Na Rua Padre Cícero (bairro Salesiano), o nível da água chegou a 1,20, conforme relatos dos frentistas de um posto de combustíveis. O córrego que transpõe a rua encheu e derrubou um muro ao Lado do Posto Lustosa. Carros e transporte coletivos que ali estavam estacionados foram arrastados. Um Vectra quase caiu dentro do canal.
O escritório de consórcio que também está situado naquele perímetro, conhecido como “Baixa do Salesiano” foi invadido pela água. Cadeias, móveis e vários papéis ficaram submersos. Tanques pesando centenas de quilos foram arrastados ao meio da rua.
No bairro Horto, a chuva foi igualmente avassaladora. Ruas ficaram intransitáveis, calcamentos foram arrancados e pontes destruídas. O nível do rio que transpõe à Avenida do Agricultor (bairro da Matriz) subiu de tamanha maneira que alagou a via. Deixando o trânsito lento e perigoso.
O bairro Lagoa Seca foi um dos mais afetados. A Rua Letícia Leite – que dá acesso à Faculdade Leão Sampaio e Universidade Federal do Cariri ficou completamente alagada. O problema, que já é antigo, se agravou. Os buracos existentes aumentaram e novos surgiram ao longo da já comprometida malha viária.
Crato
Em Crato, a água da chuva destruiu o calcamento e estourou uma tubulação da CAGECE
(Foto: Agência Miséria)
(Foto: Agência Miséria)
A chuva de 43 milímetros também gerou transtornos na cidade do Crato. Canaletas entupiram jorrando água por várias ruas. O rio Granjeiro aumentou consideravelmente seu nível e o canal que corta parte da cidade ficou apenas a um metro de transbordar.
A água também destruiu o calcamento de alguns logradouros, como foi o caso da Rua Presidente Kennedy (bairro Vila Alta). A água subiu cerca de 50 centímetros e uma tubulação da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE) estourou.
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