quarta-feira, 19 de março de 2014

Romário, que cobra R$ 23 mi do Fla na área cível, pede mais na trabalhista

Atualizado em

Ex-jogador executa ação na Justiça do Trabalho e pede quitação integral. Valor gira em torno de R$ 4 milhões, clube já foi notificado, e caso está com contador judicial

Por Rio de Janeiro

Romário Flamengo 1995 (Foto: Divulgação)Romário ainda tenta receber dívidas dos tempos em que vestiu a camisa do Flamengo (Foto: Divulgação)
Apesar de o Flamengo ter reduzido de 500 para 170 o número de ações na Justiça Trabalhista, algumas delas ainda causam dor de cabeça. A enxaqueca do momento é Romário. Além do acordo cível, no qual tem parcelas a receber até 2022 em um pagamento total estimado com os reajustes pelo departamento jurídico do clube em R$ 23 milhões, o Rubro-Negro foi notificado nesta semana a respeito de outra ação, essa na área trabalhista. Segundo pessoas que têm acesso aos autos, o ex-jogador pede algo entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões e o caso, agora, se encontra nas mãos de um contador judicial para apurar o valor correto da dívida.

Romário pede a execução total do valor de imediato e tenta ainda o direito de penhorar receitas, em vez de receber através do ato do Tribunal Regional do Trabalho, que determina o repasse de 15% sobre todas as receitas do clube. Curiosamente, hoje o Flamengo tem saldo positivo em mais de R$ 2 milhões para pagamento de ações, em valores recolhidos através desse ato.

No total, na área trabalhista, o Flamengo calcula cerca de R$ 35 milhões em ações com "perda provável" e a mordida de Romário estaria incluída nesse montante. O clube informou recentemente que somente a ação de Ronaldinho Gaúcho não foi incluída na conta. No ano passado, o Flamengo pagou R$ 26,1 milhões de débitos trabalhistas. Somente de janeiro até o dia 13 de março de 2014 foram pagos R$ 2,9 milhões.

No litígio da área cível, o ex-jogador chegou a cobrar o valor total da dívida calculada por seus advogados, R$ 48 milhões. O acordo feito em 2012 prevê o pagamento de R$ 19,5 milhões, sendo R$ 18 milhões líquidos para a empresa de Romário e R$ 1,5 milhão para o escritório de advocacia de Jackson Uchôa Vianna (Uchôa Vianna Advogados). Com os reajustes, o diretor jurídico Bernardo Accioly estimou que os pagamentos devem chegar a R$ 23 milhões.

O parcelamento foi feito da seguinte forma: R$ 3.000.000,00 até o dia 31 de julho de 2012 e mais 120 parcelas de R$ 125.000,00 com a primeira vencendo em 30 de agosto. O acordo prevê reajuste anual das parcelas em 12%. A inadimplência de qualquer parcela acarreta multa de 20% sobre o valor da mesma. Se atrasar por mais de três meses o pagamento, o Flamengo concorda, no acordo assinado, em pagar os R$ 48.501.454,11 devidamente atualizados.

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