quarta-feira, 18 de junho de 2014

Morre em Alagoas último cangaceiro do bando de Lampião


O servidor público aposentado José Alves de Matos, de 97 anos, morreu na manhã do último domingo, em sua residência, na cidade de Maceió, vítima de insuficiência respiratória. Natural de Paripiranga (BA), o funcionário era conhecido por ser o último cangaceiro vivo do bando de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, que dominou o sertão nordestino entre as décadas de 1920 e 1930.
José Alves ingressou no grupo do cangaceiro no dia 25 de dezembro de 1937, aos 20 anos, depois de se dizer perseguido pelas polícias da Bahia, Alagoas e Pernambuco. O dia em que entrou para o bando de Lampião lhe valeu o apelido de Vinte e Cinco. Preso pela polícia alagoana pouco mais de um ano depois de ingressar no cangaço, José Alves de Matos foi alfabetizado na cadeia, o que contribuiu para que ele passasse em um concurso público para guarda municipal.
José Alves, que era aposentado como servidor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Alagoas, foi casado por mais de 50 anos com Mariza da Silva Matos e deixou seis filhos e 16 netos.

MPF consegue decisão que garante transporte a pacientes de Ipubi

O Ministério Público Federal (MPF) em Salgueiro obteve decisão judicial, em caráter liminar, determinando que o município de Ibupi, no sertão pernambucano, providencie imediatamente transporte domiciliar aos pacientes renais da zona rural do município. Como a rede pública de saúde de Ipubi não dispõe de equipamentos para a realização de hemodiálise, o tratamento dos pacientes é feito no Crato (CE). A União e o Estado de Pernambuco deverão, caso seja necessário, subsidiar o transporte.
Segundo consta no processo, pacientes da zona rural do município têm que se deslocar por conta própria, três vez por semana, até a sede da prefeitura para ter acesso ao transporte. Eles chegaram a relatar ao MPF que utilizavam motos para realizar o trajeto. Além disso, em mais de uma ocasião, o motorista do município não os esperou, e, dessa forma, ficaram sem acesso ao tratamento, o que poderia acarretar risco de morte. Outra situação informada pelos pacientes foi a dificuldade de utilizar moto no trajeto de retorno da prefeitura até as suas casas, já que estavam fragilizados em decorrência da hemodiálise.
Por conta das condições a que estavam submetidos para apanhar o transporte oferecido pela prefeitura, os pacientes relataram que custeavam a passagem em ônibus de empresa privada, chegando a desembolsar R$ 240 por mês, o que abalava suas finanças. O prefeito de Ipubi, João Marcos Siqueira, havia informado ao MPF que a situação seria normalizada em outubro de 2013, com o recolhimento dos pacientes em seus domicílios, o que não ocorreu.
O MPF chegou a enviar, em janeiro, recomendação ao gestor do município para que fornecesse imediatamente transporte adequado aos pacientes renais, porém não obteve resposta. Considerando os riscos à saúde dos pacientes, o MPF ajuizou, em abril, ação civil pública contra o município, o Estado de Pernambuco e a União. Em sua argumentação, o MPF ressaltou portaria do Ministério da Saúde que prevê o Tratamento Fora de Domicílio (TFD), como forma de possibilitar a assistência à saúde de pessoas que moram em localidades que não fornecem os tratamentos de que necessitam.
Foto: PortalIpubi

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