O servidor público aposentado José Alves
de Matos, de 97 anos, morreu na manhã do último domingo, em sua
residência, na cidade de Maceió, vítima de insuficiência respiratória.
Natural de Paripiranga (BA), o funcionário era conhecido por ser o
último cangaceiro vivo do bando de Virgulino Ferreira da Silva, o
Lampião, que dominou o sertão nordestino entre as décadas de 1920 e
1930.
José Alves ingressou no grupo do
cangaceiro no dia 25 de dezembro de 1937, aos 20 anos, depois de se
dizer perseguido pelas polícias da Bahia, Alagoas e Pernambuco. O dia em
que entrou para o bando de Lampião lhe valeu o apelido de Vinte e
Cinco. Preso pela polícia alagoana pouco mais de um ano depois de
ingressar no cangaço, José Alves de Matos foi alfabetizado na cadeia, o
que contribuiu para que ele passasse em um concurso público para guarda
municipal.
José Alves, que era aposentado como
servidor do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Alagoas, foi casado por
mais de 50 anos com Mariza da Silva Matos e deixou seis filhos e 16
netos.
MPF consegue decisão que garante transporte a pacientes de Ipubi
O Ministério Público Federal (MPF) em Salgueiro obteve decisão judicial,
em caráter liminar, determinando que o município de Ibupi, no sertão
pernambucano, providencie imediatamente transporte domiciliar aos
pacientes renais da zona rural do município. Como a rede pública de
saúde de Ipubi não dispõe de equipamentos para a realização de
hemodiálise, o tratamento dos pacientes é feito no Crato (CE). A União e
o Estado de Pernambuco deverão, caso seja necessário, subsidiar o
transporte.
Segundo consta no processo, pacientes da zona rural do município têm que
se deslocar por conta própria, três vez por semana, até a sede da
prefeitura para ter acesso ao transporte. Eles chegaram a relatar ao MPF
que utilizavam motos para realizar o trajeto. Além disso, em mais de
uma ocasião, o motorista do município não os esperou, e, dessa forma,
ficaram sem acesso ao tratamento, o que poderia acarretar risco de
morte. Outra situação informada pelos pacientes foi a dificuldade de
utilizar moto no trajeto de retorno da prefeitura até as suas casas, já
que estavam fragilizados em decorrência da hemodiálise.
Por conta das condições a que estavam submetidos para apanhar o
transporte oferecido pela prefeitura, os pacientes relataram que
custeavam a passagem em ônibus de empresa privada, chegando a
desembolsar R$ 240 por mês, o que abalava suas finanças. O prefeito de
Ipubi, João Marcos Siqueira, havia informado ao MPF que a situação seria
normalizada em outubro de 2013, com o recolhimento dos pacientes em
seus domicílios, o que não ocorreu.
O MPF chegou a enviar, em janeiro, recomendação ao gestor do município
para que fornecesse imediatamente transporte adequado aos pacientes
renais, porém não obteve resposta. Considerando os riscos à saúde dos
pacientes, o MPF ajuizou, em abril, ação civil pública contra o
município, o Estado de Pernambuco e a União. Em sua argumentação, o MPF
ressaltou portaria do Ministério da Saúde que prevê o Tratamento Fora de
Domicílio (TFD), como forma de possibilitar a assistência à saúde de
pessoas que moram em localidades que não fornecem os tratamentos de que
necessitam.
Foto: PortalIpubi
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