Um trator foi utilizado para destruir as máquinas caça-níqueis que
haviam sido importadas ilegalmente. Os equipamentos seriam utilizados
para jogo de azar em bingos clandestinos na Capital. A Receita Federal
reprimiu o crime (Foto: Natasha Mota/Diário do Nordeste)
Trinta e sete máquinas caça-níqueis, apreendidas por inspetores da
Alfândega no Porto do Mucuripe foram destruídas, na manhã de ontem, no
pátio do depósito daquele órgão da Receita Federal. O ato simbólico
marca a parceria da Justiça federal e Receita Federal no combate ao
crime organizado no Estado.
Ao todo, 250 equipamentos foram liberados para destruição pelo Poder
Judiciário. Outros passarão pelo tipo de procedimento logo que sejam
esgotadas todas as etapas dos processos judiciais em tramitação.
O juiz Leonardo Resende, diretor do Fórum da Justiça Federal no Ceará,
ressaltou a importância da união e organização dos órgãos públicos no
combate ao crime organizado. Por esse motivo foi realizada nesta semana o
workshop "Estado organizado versus crime organizado".
O magistrado lembrou que o jogo de azar ajuda a financiar crimes mais
graves, como tráficos de drogas, armas, seres humanos e animais
silvestres.
Diálogo
Para Leonardo Resende, o diálogo permanente entre os órgãos públicos,
principalmente os ligados à Segurança Pública, é fundamental para que o
crime organizado seja combatido com eficácia em todo o País
O inspetor-chefe da Alfândega no Ceará, Hélder Rocha, ressaltou que a
importância da parceria entre a Receita Federal, Justiça Federal,
Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia Federal (PF) e
Ministério Público Federal (MPF) está dando certo.
Sobre o material destruído na manhã de ontem, Helder Rocha informou que
asa máquinas foram apreendidas e, depois de esgotados todos os recursos
por parte dos compradores na esfera judicial, liberadas, pela Justiça
Federal para serem destruídas.
Durante toda a semana, foram realizadas visitas aos postos da Alfândega
nos portos do Mucuripe e Pecém e no Aeroporto Internacional Pinto
Martins.
Doações
Órgãos públicos e entidades privadas consideradas beneficentes e de
utilidade pública são escolhidas frequentemente para receber doações de
mercadorias apreendidas e que podem ser incorporadas ao patrimônio
público e das entidades particulares.
Helder Rocha citou que a Marinha do Brasil e o Corpo de Bombeiros
Militar receberam jet skis e lanchas para o patrulhamento e salvamento
na costa cearense. Foram veículos apreendidos durante as fiscalizações
da Receita Federal que comprovaram irregularidades na importação.
A Justiça Federal também recebeu, recentemente, máquinas fotográficas
digitais de última geração. Os equipamentos são utilizados por oficiais
de Justiça.
No mês passado, a Justiça Federal no Ceará condenou o comerciante
iraniano Farhad Marvizi pelo atentado sofrido pelo chefe de fiscalização
da Receita Federal, José Jesus Ferreira, em agosto de 2010.
Marvizi vinha sendo alvo de uma investigação policial sobre suas
atividades ilegais no Ceará e a Receita fez diversas apreensões de
mercadorias trazidas do exterior ilegalmente.
Fonte: Diário do Nordeste
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