Atualizado em
28/11/2012 17h01
'O técnico tem de ser o melhor agora, não o que foi melhor há 10 anos', diz Carlos Alberto Torres sobre novo treinador da Seleção
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O capitão da Seleção campeã mundial em 1970, Carlos Alberto Torres,
criticou nesta quarta-feira a decisão da CBF de escolher Luiz Felipe
Scolari como substituto de Mano Menezes. Durante um talk show ao lado de
Zico, na Soccerex - evento de negócios do futebol na Zona Sul do Rio -,
disse que o comandante do penta em 2002 não vive um bom momento e, por
isso, não deveria estar no topo da lista. Ele citou, como exemplos, Abel
Braga, campeão brasileiro pelo Fluminense, e Tite, campeão da
Libertadores com o Corinthians, além de Muricy Ramalho (Santos) e
Vanderlei Luxemburgo (Grêmio).
- Não acho que um técnico que colocou um time na segunda divisão este ano deva assumir a Seleção. Aí vão dizer: "Ah mas foi campeão em 2002!". Mas isso foi em 2002! Tem de ser o mesmo critério usado para jogador, o técnico tem de ser o melhor agora, não o que foi melhor há 10 anos. Estão falando muito do Felipão, mas não sei se é o ideal. Há profissionais que estão à frente no momento. Talvez Muricy, Luxemburgo, Tite ou o campeão brasileiro, o Abel - analisou Torres, lembrando que Felipão treinou o Palmeiras durante grande parte da má campanha que causou o rebaixamento do clube neste ano.
- Temos uma chance única de resgatar nosso futebol. O Guardiola está aí há um ano, doido para assumir a seleção brasileira. Mas vamos insistir na mesma coisa, um cara que rebaixou o Palmeiras e não arruma nada há 10 anos - afirmou Caju durante a Soccerex.
Torres ressaltou, contudo, a dificuldade enfrentada por Mano Menezes para renovar a equipe e fez questão de dizer que acredita em uma seleção brasileira forte para 2014.
- Depois da África, acabou uma geração. Então ele foi obrigado a fazer uma renovação total. O erro do Mano, ao meu ver, foi convocar atletas que não tinham condição de vestir a camisa da Seleção. Mas acho que agora há uma base, e o Brasil será muito forte em 2014.
Zico discursou em tom mais político, afirmando que acha todos os nomes citados muito bons. Os questionamentos passaram então à possibilidade que chegou a ser ventilada de o ex-técnico do Barcelona Pep Guardiola ser convidado para assumir a seleção brasileira.
- Não posso ter nada contra um estrangeiro assumir, eu sou técnico estrangeiro em outros países. Mas acho que há gente capacitada no Brasil para o cargo. O Mano não conseguiu aproveitar quase nada de 2010 e não se faz uma Seleção da noite para o dia.
Torres, em seguida, disse que aprovaria a chegada de Guardiola, desde que houvesse tempo para implantar uma nova filosofia de treinamentos e táticas.
- Não tenho nada contra um estrangeiro assumir, desde que tenha tempo para chegar e colocar em prática uma nova cultura, filosofia, especialmente de treinamentos, que são muito diferentes na Europa.
Informado, já no fim do talk show, de que Carlos Alberto Parreira e Felipão estariam confirmados para os cargos de diretor de seleções e treinador, respectivamente, Zico foi só elogios:
- São pessoas que ajudaram o Brasil a conquistar títulos mundiais, e acho que o Brasil está bem entregue. Tenho o maior respeito e carinho e a felicidade de ser amigo dos dois.
- Não acho que um técnico que colocou um time na segunda divisão este ano deva assumir a Seleção. Aí vão dizer: "Ah mas foi campeão em 2002!". Mas isso foi em 2002! Tem de ser o mesmo critério usado para jogador, o técnico tem de ser o melhor agora, não o que foi melhor há 10 anos. Estão falando muito do Felipão, mas não sei se é o ideal. Há profissionais que estão à frente no momento. Talvez Muricy, Luxemburgo, Tite ou o campeão brasileiro, o Abel - analisou Torres, lembrando que Felipão treinou o Palmeiras durante grande parte da má campanha que causou o rebaixamento do clube neste ano.
Torres participa de evento com Zico na Soccerex (Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)
Companheiro de Carlos Alberto Torres no tricampeonato de 70, Paulo
Cezar Caju também defendeu a vinda de Guardiola para o lugar de Mano
Menezes e criticou a escolha da CBF por Felipão. Para o ex-jogador, a
volta do técnico pentacampeão é um retrocesso.- Temos uma chance única de resgatar nosso futebol. O Guardiola está aí há um ano, doido para assumir a seleção brasileira. Mas vamos insistir na mesma coisa, um cara que rebaixou o Palmeiras e não arruma nada há 10 anos - afirmou Caju durante a Soccerex.
Torres ressaltou, contudo, a dificuldade enfrentada por Mano Menezes para renovar a equipe e fez questão de dizer que acredita em uma seleção brasileira forte para 2014.
- Depois da África, acabou uma geração. Então ele foi obrigado a fazer uma renovação total. O erro do Mano, ao meu ver, foi convocar atletas que não tinham condição de vestir a camisa da Seleção. Mas acho que agora há uma base, e o Brasil será muito forte em 2014.
Zico discursou em tom mais político, afirmando que acha todos os nomes citados muito bons. Os questionamentos passaram então à possibilidade que chegou a ser ventilada de o ex-técnico do Barcelona Pep Guardiola ser convidado para assumir a seleção brasileira.
- Não posso ter nada contra um estrangeiro assumir, eu sou técnico estrangeiro em outros países. Mas acho que há gente capacitada no Brasil para o cargo. O Mano não conseguiu aproveitar quase nada de 2010 e não se faz uma Seleção da noite para o dia.
Torres, em seguida, disse que aprovaria a chegada de Guardiola, desde que houvesse tempo para implantar uma nova filosofia de treinamentos e táticas.
- Não tenho nada contra um estrangeiro assumir, desde que tenha tempo para chegar e colocar em prática uma nova cultura, filosofia, especialmente de treinamentos, que são muito diferentes na Europa.
Informado, já no fim do talk show, de que Carlos Alberto Parreira e Felipão estariam confirmados para os cargos de diretor de seleções e treinador, respectivamente, Zico foi só elogios:
- São pessoas que ajudaram o Brasil a conquistar títulos mundiais, e acho que o Brasil está bem entregue. Tenho o maior respeito e carinho e a felicidade de ser amigo dos dois.
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