sábado, 28 de dezembro de 2013

Oi lidera ranking de queixas dos consumidores em 2013









O serviço de telefonia continua a gerar um maior volume de queixas (Foto: Marília Camelo)
Responsáveis por atormentar a vida de boa parte dos cearenses ao longo de todo ano de 2013 e alvo até de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) feita por deputados estaduais, os problemas com telefonia móvel - e fixa também, neste caso - fizeram quase duas mil pessoas irem ao Decon Ceará entre 1º de janeiro e 26 de dezembro deste ano e lideraram o ranking de reclamações do órgão estadual de defesa do consumidor, com 774 reclamações, ou seja, processos administrativos abertos.

Os números correspondem a apenas duas das dez empresas com maior número de reclamações. TNL PCS S/A e Telemar Norte Leste S/A, a primeira e a segunda mais reclamadas no Decon neste ano, atendem por um único nome fantasia: Oi. A primeira empresa, formada só por siglas, diz respeito aos serviços de telefonia móvel, enquanto a segunda corresponde aos serviços de telefonia fixa, os quais são prestados à maioria esmagadora dos cearenses.

Procurada, a Oi afirmou que aplicou R$ 180 milhões até novembro último para ampliação e modernização das redes fixa e móvel, além da TV por assinatura e banda larga como forma de garantir a extinção dos problemas. Ainda mencionou a implantação em dezembro do Projeto Click Ceará, "nova ferramenta de gestão das equipes da Oi em campo, que vai melhorar a qualidade de serviços, agilizando atendimento aos clientes com aumento da produtividade e capacitação das equipes".

Além da Oi, a Claro também figurou na 10ª posição do ranking, com 131 reclamações no período. Também procurada, a assessoria da operadora afirmou que "a empresa não mede esforços para garantir a satisfação dos seus clientes". E completou mencionando um investimento de R$ 6,3 bilhões em infraestrutura "até 2014".

As demais empresas do setor de telefonia, seja móvel ou fixa, não figuraram entre as dez empresas de maior número de processos administrativos computados pelo órgão estadual de defesa do consumidor, de acordo com o relatório enviado a pedido do Diário do Nordeste.

Quatro bancos na lista

Outro serviço de suma importância para o cotidiano dos cearenses - assim como de qualquer cidadão - e que teve destaque no ranking do órgão de defesa do consumidor foram os serviços prestados pelos bancos. Somando as quatro instituições bancárias - inclusive os diferentes nomes comerciais -, o número de processos administrativos abertos pelo Decon chega a 748.

O Bradesco é o que possui maior número de registros entre os bancos e assume a 5ª posição da lista ao reunir os três CNPJ´s (Banco Bradesco IBI, Banco Bradesco S/A e Banco Bradesco Financiamentos S/A) ao registrar 201 reclamações. Ele é seguido do Banco do Brasil (194 reclamações), Banco Santander (177) e Caixa Econômica Federal (176), os quais formam o segmento com maior grandeza entre as dez empresas mais reclamadas no Estado, segundo os registros do Decon Ceará.

Respostas
Em resposta à reportagem, o Bradesco afirmou que "o respeito e a satisfação dos clientes são os valores mais importantes para o Bradesco e reduzir os índices de reclamação é um objetivo permanente" e garante "que tem adotado as medidas necessárias a fim corrigir eventuais falhas e melhorar cada vez mais a qualidade do atendimento".

O Banco do Brasil contactou diretamente o Decon Ceará e argumentou que, das 194 reclamações, "68 foram considerados pelo órgão como improcedentes. Outras 73 ocorrências encontram-se pendentes de audiência ou de decisão.

Dessa forma, do total de 53 reclamações consideradas fundamentadas, 52 foram atendidas plenamente pelo Banco do Brasil e apenas uma foi classificada como não atendida, o que representa um percentual de resolutividade de 98,11%".

Já a Caixa afirmou manter "preocupação constante em atender bem a seus clientes" e destacou ter investimentos em mecanismos de atendimento. O Santander disse ter "atuado de forma consistente para aprimorar os seus produtos e serviços", além de procurar solução para "conflitos antes mesmo da distribuição de ações judiciais".

Cagece é a 2ª a gerar mais insatisfação

A frequência na falta de água e também a mudança no cálculo da tarifa cobrada pelo abastecimento e pelo de saneamento, nos primeiros meses do ano, pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) geraram 350 processos administrativos abertos contra a distribuidora e a deixaram em segundo lugar em número de reclamações no Decon em todo o ano de 2013.

Os números ainda são menores que os registrados para os atendimentos no órgão de defesa do consumidor que tratam da Companhia. Ao todo, 1,2 mil pessoas manifestaram insatisfação com o serviço neste ano.

"A respeito do ranking divulgado pelo Decon em 2013, a Cagece esclarece que o número de reclamações é pequeno se comparado ao número de clientes da companhia. Para se ter uma ideia, a Cagece possui, somente na Capital, aproximadamente 764.000 ligações ativas de água e 384.000 ligações ativas de esgoto", argumenta nota enviada pela assessoria da Companhia.

O texto ainda expressa a preocupação da Cagece em melhorar a relação com o cliente, afirmando que a empresa controlada pelo governo estadual implantou "desde junho/13 uma nova metodologia de atendimento no Decon". "Desta forma, estamos evoluindo no número de acordos feitos com os clientes que nos procuram. No mês de novembro/13, fizemos acordo com 92% dos clientes que nos procuraram naquele órgão", complementa a nota.

Comércio

Quarta colocada no ranking de reclamações do Decon Ceará com 239 processos administrativos, a Rabelo Som e Imagem, via o supervisor geral Ricardo Marques, informou da mudança do Serviço de Atendimento ao Cliente para Fortaleza - antes era em Maracanaú - como forma de facilitar o contato entre a empresa e os clientes.

"Vamos fazer contratos novos com indústrias que não apresentem tantos problemas, pois a maioria desses casos são pontuais de algumas marcas e não diz respeito diretamente a gente da Rabelo", defende.

A Sky, mesmo contactada pela reportagem, não enviou resposta sobre as 162 reclamações feitas sobre ela ao Decon Ceará ao longo de 2013, o que a deixou na 9ª posição do ranking.

Fonte: Diário do Nordeste

 

 

 

Cães farejadores e caneta de insulina incriminaram padrasto de Joaquim

 








Guilherme Longo foi indiciado por homicídio doloso triplamente qualificado e ocultação de cadáver (Foto: Mauricio Glauco/EPTV)
O delegado Paulo Henrique Martins de Castro, que chefia as investigações sobre a morte do menino Joaquim Ponte Marques, entregou à Justiça a conclusão do inquérito policial sobre o caso na tarde desta sexta-feira (27). No relatório final, entregue na 2ª Vara de Execuções Criminais do Fórum de Ribeirão Preto (SP), Castro indicia o padrasto do menino, Guilherme Longo, pelos crimes de homicídio doloso triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O pedido de prisão preventiva do técnico em TI também foi anexado ao documento.

A mãe de Joaquim, a psicóloga Natália Ponte, não foi indiciada pelo delegado, apesar de o promotor de Justiça Marcus Túlio Nicolino ter afirmado nesta quinta-feira (26) que vai denunciá-la por omissão e pedir sua prisão preventiva. Para Castro, não há provas que responsabilizem Natália pela morte do menino. "No meu entendimento não havia provas necessárias nem provas cabais que a envolvessem no homícidio", diz.

De acordo com Castro, o indiciamento de Longo foi feito baseado num conjunto de provas. No entanto, segundo o delegado, o trajeto feito pelos cães farejadores e a diferença de doses de insulina encontrada em uma das canetas que eram utilizadas no menino -que sofria de diabetes- foram determinantes para incriminar o padrasto.

"O fato de o cachorro farejar o mesmo trajeto feito pelo Joaquim e pelo padrasto, da casa até o córrego onde o menino foi jogado, indica que quem caminhou e levou o menino até lá foi o Guilherme. A falta de insulina na caneta em quantidade excessiva também foi um indício importante. A substância não vaza da caneta sozinha, tem que ser feita alguma aplicação", explica.

O delegado disse ainda que o processo mais trabalhoso do inquérito foi desvendar a dinâmica do crime, uma vez que não havia testemunhas no dia do desaparecimento do menino. "Somente a vítima e o autor participaram do crime. Não houve lesão, não houve violência física contra a criança. Também não havia marcas do crime premeditado, o que não deixou muitos vestígios. Levantar todos esses indícios e formalizar todas as provas foi o mais difícil", diz.

PromotoriaO promotor Marcus Túlio Nicolino disse ao G1 nesta quinta-feira (26) que vai pedir a prisão preventiva e denunciar Natália Ponte por omissão na morte de Joaquim. Na prática, o promotor explica que, caso a Justiça acate a ação penal, Natália passará a ser considerada ré no processo.

O promotor terá um prazo de cinco dias para se pronunciar sobre o resultado das investigações. Mesmo sem ter tido acesso ao documento, ele afirmou ter convicção de que Natália sabia que Longo -apontado como principal suspeito pela morte de Joaquim- não tinha condições psicológicas de cuidar do menino.

Entenda o casoJoaquim Ponte Marques foi encontrado morto no dia 10 de novembro, boiando no Rio Pardo. Ele havia desaparecido no dia 5 de novembro da casa onde vivia com a mãe Natália Ponte, o padrasto, Guilherme Longo, e o irmão, no bairro Jardim Independência, em Ribeirão Preto.

O padrasto de Joaquim está detido na Delegacia Seccional de Barretos desde que o corpo do menino foi encontrado e foi indiciado por homicídio triplamente qualificado. Também investigada, Natália foi solta da Cadeia Feminina de Franca no dia 11, após cumprir 31 dias de prisão temporária.

O habeas corpus concedido à psicóloga foi proferido pelo desembargador Péricles Piza, da 1ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP, considerando que a mãe de Joaquim, em liberdade, não prejudicaria o curso das investigações. O pedido de soltura foi solicitado por um advogado de São Paulo que não atua no caso.

Fonte: G1

 

 

Fábrica de armas abastecia quadrilhas no Interior do CE

 








Armas de grosso calibre, como fuzis, submetralhadoras e pistolas, são usadas por bandidos no momento em que eles sitiam cidades do Interior (Foto: Helosa Araújo)
Uma operação sigilosa envolvendo policiais da Delegacia Regional de Quixadá e da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) resultou, na manhã de ontem, na descoberta de uma fábrica de armas de grosso calibre na região entre Quixadá e o Município de Ocara (95Km de Fortaleza).  Segundo informações preliminares da Polícia Civil, armas de grosso calibre, como submetralhadoras, escopetas e carabinas eram fabricadas na região e serviam para municiar quadrilhas que vinham atacando bancos no Interior cearense, especialmente das regiões do Sertão Central, centro-Sul, Maciço de Baturité e Vale do Jaguaribe.

Prossegue
Conforme o diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), delegado Rommel Kerth, procurado pela Reportagem no fim da tarde de ontem, todas as informações sobre a operação não poderiam ainda ser reveladas, visto que as diligências ainda estavam em andamento. 

Segundo Kerth, pelo menos uma pessoa já havia sido presa e as diligências visavam a captura de outros envolvidos na fabricação do armamento pesado. 

A fábrica de armas de fogo teria sido montada em Ocara e a Polícia Civil chegou ao local depois de investigações sigilosas feitas a partir da identificação e prisão de envolvidos nas ações contra agências bancárias naquela região do Sertão. O trabalho sigiloso da DRF culminou na informação sobre o armamento que os bandos usavam nos ataques em cidades de pequeno e médio porte. Ao estilo do ‘novo cangaço’, os assaltantes rendiam os moradores depois de sitiar as cidade. Em seguida, os policiais do lugar eram vítimas de emboscada nos próprios prédios dos destacamentos e pelotões, sendo alvo de tiros e, assim, impedidos de sair para tentar impedir o ataque.

Nos bancos, outra parte da quadrilha se encarregava de colocar explosivos nos caixas eletrônicos e cofres para destruir os equipamentos e ter acesso ao dinheiro. Isso se repetiu, pelo menos, 43 vezes. Alguns ataques foram bem sucedidos para os ladrões. Outros, acabaram sendo frustrados pela inabilidade dos ladrões em manusear os artefatos ou pela intervenção policial. 

Cidades
As cidades cujos ataques foram seguidos de explosões de bancos se espalham por praticamente todas as regiões do Estado do Ceará, entre elas, São Gonçalo do Amarante, Senador Sá, Monsenhor Tabosa, Pacatuba, Jijoca de Jericoacoara, Tejuçuoca, Palmácia, Morada Nova, Apuiarés, Jaguaribara, Tamboril, Senador Sá, Pentecoste, Monsenhor Tabosa e Aracati. 
Mais recentemente, duas operações da Polícia Militar resultaram em tiroteios que terminaram na morte de, pelo menos, sete assaltantes. A primeira ocorreu após o ataque à cidade de Itarema, no litoral Oeste do Estado (237Km de Fortaleza), onde um confronto deixou dois bandidos mortos, além de um morador daquela cidade. A Polícia apreendeu um forte armamento e explosivos usados pelos ladrões. Parte do bando foi presa posteriormente. 

Já em Ararendá, um confronto deixou seis mortos, entre eles, um soldado da Polícia Militar que trocou tiros com os ladrões em fuga. Posteriormente, em um cerco da PM, cinco assaltantes também tombaram. 
Conforme dados oficiais, neste ano, foram registrados 88 ataques a bancos e postos bancários no Estado do Ceará. Os três últimos aconteceram num único dia, 11 de dezembro, quando agências foram assaltadas em Fortaleza, Ararendá e Ocara. 
E foi a partir da ação da quadrilha que agiu em Ocara, quando um cofre do Banco do Brasil foi roubado pelos ladrões, que a Polícia Civil aprofundou as investigações e, ontem, chegou ao local onde as armas dos criminosos eram fabricadas.

Prisão
Em outra operação realizada ontem, policiais do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), destacados na Companhia Comando Tático Rural (Cotar), sob o comando do capitão Rodrigues, capturaram um suspeito de assaltos a bancos no Vale do Jaguaribe.

A prisão aconteceu na cidade de São João do Jaguaribe (213Km de Fortaleza), onde foi preso Rael Paula da Silva, 21. Ele realizava manobras perigosas em um Gol preto nas proximidades da sede do Destacamento da PM da cidade, quando oi abordado. Com ele, foi encontrado um revólver de calibre 22. Segundo a Polícia, ele teria participado do assalto à agência do Bradesco local no dia 26 de julho último.

Fonte: Diário do Nordeste

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