A ex-senadora Marina Silva (PSB) e a cineasta Sandra Werneck. (Foto: Leticia Moreira - 8.nov.11/Folhapress)
Quando o projeto foi anunciado, há dois anos, o custo estimado do filme era de R$ 6 milhões. Hoje, porém, o valor seria ainda maior. Werneck (codiretora do sucesso de bilheteria "Cazuza - O Tempo Não Para") disse à Folha que a proximidade das eleições também fez com que ela suspendesse o projeto.
A cinebiografia do ex-presidente Lula, dirigida por Fábio Barreto e lançada em 2010 —quando Dilma Rousseff foi eleita ao Palácio do Planalto—, teve orçamento de quase R$ 12 milhões. Werneck afirmou que a produção procurou várias empresas, mas nenhuma quis investir no projeto. "Acho que a dificuldade é porque a Marina é oposição e acho que o empresariado, de alguma maneira, ficou reticente", disse.
Nem a Natura —empresa de cosméticos cujo sócio, Guilherme Leal, foi candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva em 2010— quis patrocinar o longa, segundo Werneck. A diretora afirmou que entrou em contato com a ex-senadora para comunicar que a realização do filme seria adiada e que Marina foi "incrivelmente generosa".
"Eu continuo apaixonada pela história de vida dela", expôs a cineasta, que disse não ter desistido do filme, que tem roteiro de Anna Muylaert ("É Proibido Fumar").
Werneck afirmou que a dificuldade para captar recursos se restringe a esse projeto. Prova disso é que ela começa a filmar em junho a sequência de seu primeiro sucesso, "Pequeno Dicionário Amoroso" (1997), que conseguiu captar recursos e deve ser lançado em 2015. "Vou retomar contando a história desse casal [vivido por Andréa Beltrão e Daniel Dantas] 15 anos depois, já com suas famílias, suas novas relações", disse.
Fonte: Folha Online
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