Fernando Ribeiro Foto: Divulgação/PF-CE
Agentes
da Polícia Federal no Ceará desarticularam mais uma quadrilha de
estelionatários que agia em todo o Estado, aplicando golpes bancários,
com a utilização de gravadoras de trilhas magnéticas de cartões dos
clientes, conhecidas como ‘chupa cabra’. Cerca de 500 cartões já
clonados foram apreendidos com os acusados, além de outros apetrechos
utilizados no crime.
A identidade dos acusados não foi revelada
pela PF. Sabe-se, no entanto, que dos quatro homens presos, três deles
são naturais do Município de Crateús (354Km de Fortaleza). A prisão
ocorreu na última quarta-feira, mas só foi revelada ontem, durante uma
entrevista coletiva das autoridades da PF e da Caixa Econômica Federal. A
desarticulação do bando foi realizada por policiais federais
integrantes do Grupo de Repressão aos Crimes Cibernéticos.
Gravadoras
Conforme
as autoridades, as investigações sigilosas em torno do grupo vinham
sendo realizadas há, pelo menos, um mês. Os acusados são jovens, com
idades entre 24 e 34 anos, de classe média. Os três rapazes naturais de
Crateús marcaram um encontro com o homem mais velho para entregar os
‘chupa cabra’, em uma residência situada em um bairro nobre da Capital.
No momento da entrega do material , os quatro foram cercados pelos
‘federais’ e não reagiram.
Na casa onde foi montado o cerco
policial, os agentes apreenderam também a quantia de R$ 8 mil em
espécie, relógios e perfumes importados, dois veículos de luxo (uma
caminhonete Hilux modelo SW4 e um Punto), além de diversos equipamentos
utilizados para a clonagem de cartões bancários nos terminais
eletrônicos das agências.
Investigação
Para chegar aos
acusados, a PF, através de seu núcleo de combate aos crimes
cibernéticos, contou com a colaboração da Inteligência da CEF. Ao longo
das diligências foram identificados os locais onde os criminosos
costumavam instalar os ‘chupa cabra’ , bem como, o modo como era feita a
colocação das gravadoras dentro dos caixas 24 horas.
O passo
seguinte da Polícia Federal foi o trabalho de acompanhamento e de
‘campana’ (vigilância). A PF também fez um levantamento sobre a vida
pregressa dos acusados e descobriu que três deles já tinham antecedentes
criminais, respondendo por delitos em outros Estados brasileiros,
exatamente na clonagem de cartão bancário.
Os quatro acusados e o
material apreendidos foram encaminhados à sede da Superintendência da PF
na noite de quarta-feira. Os quatro homens estão autuados em flagrante
por crimes de furto qualificado, receptação e formação de quadrilha,
cujas penas variam de três a oito anos de reclusão, além de multa.
NÚMERO
500 cartões clonados acabaram sendo encontrados com a quadrilha presa pelos ´federais´.
Fonte: Diário do Nordeste